Em audiência pública, Dirceu Barbano reafirmou a posição da Anvisa contra o equipamento, pois algo que “não traz benefício algum não pode ser autorizado”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O uso de máquinas de bronzeamento artificial aumenta em 75% o risco da ocorrência de câncer de pele, segundo afirmou nesta terça-feira, 1° de junho, o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, Dirceu Barbano.
A afirmação foi feita em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família. Desde o ano passado, a Anvisa, por meio da sua resolução 56/09, proíbe o uso e a comercialização dos equipamentos de bronzeamento artificial.
Barbano acrescentou que os raios ultravioleta emitidos por essas câmaras são doze vezes mais potentes que os raios do sol. “Além de câncer, o uso prolongado das máquinas de bronzeamento pode causar queimaduras e o envelhecimento precoce da pele”, disse.
O dirigente desconsiderou a possibilidade de a Anvisa rever sua decisão e liberar o uso dos equipamentos. “Algo que gera o risco objetivo de câncer e não traz benefício algum não pode ser autorizado pelo Estado”, afirmou.
Opinião contrária
O diretor da Associação Brasileira de Bronzeamento, Miguel Vietri, contestou, no entanto, as informações da Anvisa. Segundo ele, a exposição à luz emitida pelas máquinas é mais segura que o sol.
Vietri argumentou que os casos de câncer de pele se concentram no sul do País porque a população de lá tem a pele mais clara, e não em razão de os estados daquela região deterem o maior número de máquinas de bronzeamento, como argumenta a Anvisa.
Na opinião de Vietri, o aumento da expectativa de vida também explica o crescimento no número de melanomas: “O câncer de pele tende a aparecer depois dos 60 anos de idade”.
Equipamentos em São Paulo
Em São Paulo, os equipamentos de bronzeamento artificial continuam funcionando, por força de liminar obtida pelo Sindicato dos Empregadores e Profissionais Liberais em Estética e Cosmetologia do Estado – Sindetética.
A presidente do sindicato, Daniela Lopes, disse que a Anvisa deveria priorizar a fiscalização da qualidade dos filtros solares vendidos no Brasil, em vez de proibir o bronzeamento artificial.
Informações de Agência Câmara
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