Em um universo cada vez mais tecnológico, enviar um e-mail ou alguma mensagem através de uma rede social para parentes se tornou algo cada vez mais comum. Realidade que pode se aplicar tanto para jovens, adultos ou até mesmo idosos.
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Foi-se o tempo para algumas pessoas que se comunicar com seus parentes acontecia apenas por intermédio de cartas ou telefonemas. Dramas como esperar por dias até que uma correspondência fosse entregue e respondida através dos correios, por exemplo, deixaram de acontecer. Isso porque enviar um e-mail ou mandar uma mensagem via alguma rede social agilizou esta comunicação.
Ter direito a tal luxo, por mais que envolva um universo repleto de atualizações tecnológicas, não é uma exclusividade para pessoas jovens. É o que acredita Ana Maria Isolda Kayser, uma senhora de 81 anos, que sabe usar o computador há alguns anos.
“Eu comecei a usar [o computador] quando meu marido estava doente e depois faleceu. Então, minha filha o trouxe para eu começar a me entreter e pensar em outras coisas”, explica dona Isolda.
“Nunca é tarde para aprender”
Frente a um universo novo, ela logo buscou uma escola de informática para saber lidar com o presente que havia ganhado. Era preciso entender melhor como funcionava o aparelho. Diante desta situação, não exitou em se matricular num curso de informática para usufruir do presente. Tendo permanecido nas aulas por dois meses, o tempo foi o suficiente para aprender o necessário.
Uma vez conhecida a parte prática, dona Isolda dedicou-se a aprofundar seus conhecimentos em outras áreas, sendo um deles o de costura. Como a ela mesma afirma, através da internet foi possível aprender ainda mais coisas do que já sabia.
Se por um lado ela pode enriquecer seu espírito de sabedoria, por outro ela pode simplesmente trocar mensagens com outras pessoas “Às vezes eu passo um recado para amigas que já conhecia há 45 anos”, comenta. Boa parte delas mora perto, até frequentam a mesma paróquia, mas sempre existe alguma novidade que possa ser compartilhada.
Possuir uma vida conectada já rendeu à senhora de 81 anos bons elogios. “Esses dias o meu afilhado chegou até mim e disse que tinha orgulho de me ver mexendo com tanta tecnologia”, comenta.
Histórias
Desde que começou a lidar com o computador, dona Ana Maria Isolda Kayser começou a “colecionar” um monte de casos curiosos. A maioria deles é de pessoas que, de certo modo, estranham ao vê-la tão inteirada neste meio.
“Um dia desses, eu estava fazendo fisioterapia e a moça do atendimento pediu se eu sabia o e-mail da minha filha, para preencher alguns dados. Então, eu disse: Olha, dela eu não sei, mas o meu sim”.
Quando não morar longe para trocar mensagens
Trocar mensagens com parentes, até mesmo filhos, não é uma exclusividade de quem mora separada deles. A funcionária pública municipal, Eliane Machado, de 49 anos é um caso clássico.
Por causa de seu trabalho, comandos como acessar um site, baixar algum programa, não era um mistério para ela, no entanto, quando encontrava um empecilho, sempre foi possível contar com o filho caçula para ajuda-la. Porém, seu contato com outras ferramentas, principalmente redes sociais, cresceu ainda mais no ano de 2004.
“Nesta época eu me separei de meu marido e comecei a ficar à toa. Comecei a usar a internet principalmente para encontrar o contato de antigos amigos”, explica. Ela também comenta que sempre que vê uma coisa legal, compartilha com os filhos “Se é uma novidade, ou algo assim, eu sempre mando o link”.
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