Geada em pleno dezembro, por que isso acontece?
O primeiro dia do mês que marca o início do verão começou frio e com geada na região do Vale dos Campos da Neve, na Serra Catarinense, a cerca de 3 km de São Joaquim. As condições de céu limpo ajudaram na perda de calor ao longo da madrugada e fizeram com que algumas regiões de baixada tivessem geada fraca, no entanto, segundo o Portal São Joaquim Online, não foram computadas perdas na agricultura.
Pelas estações do Epagri/Ciram, as menores temperaturas registradas na região foram de 4,9°C em Urupema e 5,9°C na cidade de Urubici. Pela estação oficial do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a mínima registrada foi de apenas 9,1°C.
Geada em pleno dezembro, por que isso acontece?
Segundo a meteorologista da Climatempo Ana Clara Marques, existem dois pontos importantes que precisam ser levados em consideração: o primeiro é que, em anos de La Niña, as geadas tardias são mais frequentes no Sul do país, devido à passagem mais rápida das frentes frias e o tempo mais seco na Região (anomalias negativas de precipitação). “As madrugadas de céu claro favorecem a perda radiativa, o que pode fazer a temperatura cair rapidamente chegando ao limiar para formar geadas. Elas costumam acabar rapidamente, ainda no começo da manhã, devido à insolação”, explica.
Outro ponto é a Oscilação Antártica (AAO) positiva, indicando a expansão da atmosfera polar em direção a latitudes mais baixas. “Esse é um ponto que importante, pois favorece a entrada de um ar mais frio até os estados do Sul. A AAO esteve bem positiva a maior parte do ano, o que é comum em um evento de La Niña”, finaliza a meteorologista.
Entenda a diferença entre clima e tempo
Sobre a Climatempo
Com solidez de 30 anos de mercado e fornecendo assessoria meteorológica de qualidade para segmentos estratégicos, a Climatempo é sinônimo de inovação. Foi a primeira empresa privada a oferecer análises customizadas para diversos setores do mercado, boletins informativos para meios de comunicação, canal 24 horas nas principais operadoras de TV por assinatura e posicionamento digital consolidado com website e aplicativos, que juntos somam 20 milhões de usuários mensais.
Em 2015, investiu na instalação do LABS Climatempo, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), que atua na pesquisa e desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Em 2019, a Climatempo passou a fazer parte do grupo norueguês StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão, e dois anos depois, em 2021, uniu-se à Somar Meteorologia, formando a maior companhia do setor na América do Sul. A fusão das duas empresas impulsiona a Climatempo a ser protagonista global de fornecimento de dados e soluções para os setores produtivos do Brasil e demais países da América Latina, com capacidade de oferecer informações precisas de forma mais ágil e robusta.
O Grupo Climatempo segue presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 35 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.
Foto: Mycchel Legnaghi