Região Sul apresentou menor nível de desigualdade no país; indicador que mede as diferenças sociais caiu de 0,535 em 2007 para 0,531 em 2008.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A recuperação do mercado de trabalho aliada ao crescimento do rendimento médio da população contribuíram para reduzir, ainda que de forma lenta, as desigualdades na distribuição de renda no Brasil.
A conclusão foi alcançada segundo dados compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE para a elaboração do relatório “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável” – IDS divulgado nesta quarta-feira, dia 1º.
Segundo o IBGE, a taxa de desigualdade social apresentou nos últimos anos uma tendência de redução, apesar de ainda ser considerada elevada. Um dos indicadores utilizados pelo instituto para medir as diferenças sociais é o Índice de Gini, que varia de 0, situação de perfeita igualdade a 1, situação de desigualdade máxima. No Brasil, o indicador foi de 0,531 em 2008, apesar do crescimento da economia. Em 2007, o índice foi de 0,535.
Entre 1995 e 2008, segundo o IBGE, a queda da desigualdade foi de 0,97% ao ano em média, inferior ao incremento médio anual do Produto Interno Bruto – PIB per capita, sendo que no intervalo de dez anos, entre 1996 e 2006, o PIB per capita aumentou 11,2%, enquanto o Índice de Gini recuou 7,1% no País.
Regiões
No âmbito regional, o Centro-Oeste, com 0,558 no Índice de Gini em 2008, apresentou a maior taxa de desigualdade na distribuição de renda, sendo o Distrito Federal a unidade da Federação com o maior valor (0,618). A região Sul apresentou o menor nível de desigualdade (0,498).
Os estados com as menores desigualdades em 2008 foram o Amapá, Santa Catarina e Rondônia (0,442, 0,475 e 0,484, respectivamente).
A proporção de famílias com rendimento per capita de até meio salário mínimo apresentou uma queda, passando de 31,6% em 2004, para 22,8% em 2008, segundo o IBGE.
As regiões Nordeste e Norte apresentavam em 2008 os maiores percentuais de famílias com rendimento per capita de até meio salário mínimo (41,5% e 32,6%, respectivamente), enquanto as regiões do centro-sul do país possuíam menores proporções.
Nos Estados, Alagoas e Maranhão possuíam as maiores proporções (47,6% e 45,8%, respectivamente), embora menores do que em 2006, quando mais de 50% das famílias nessas localidades se encontravam nesta faixa de rendimentos. As menores proporções foram registradas em Santa Catarina (9,6%), São Paulo (10,6%) e Rio de Janeiro (13,4%).
Informações de Último Segundo
FOTO: reprodução