Cinco defensores falaram no púlpito do Supremo Tribunal Federal – STF em defesa de seus clientes. Além dos quatro ligados a Valério, falou ainda o ex-ministro José Carlos Dias.
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Os advogados de quatro réus do processo do mensalão ligados a Marcos Valério afirmaram nesta terça-feira, dia 07, que seus clientes desconheciam a prática de atividades ilícitas e negaram ter conhecimento sobre o suposto esquema de compra de votos no Congresso Nacional.
Cinco defensores falaram no púlpito do Supremo Tribunal Federal – STF em defesa de seus clientes. Além dos quatro ligados a Valério, falou ainda o ex-ministro José Carlos Dias, advogado da ex-presidente e atual acionista do Banco Rural Kátia Rabello.
Dias negou que o banco fizesse empréstimos fictícios ao grupo de Valério. O dinheiro, segundo a Procuradoria Geral da República – PGR, era usado para o pagamento de propina a políticos em troca de apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.
O advogado Castellar Modesto Guimarães Filho, que defende Cristiano de Mello Paz, afirmou que seu cliente é réu “somente pelo fato de ter sido sócio de Marcos Valério”.
O defensor de Rogério Tolentino, Paulo Sérgio de Abreu e Silva, afirmou seu cliente não era sócio de Marcos Valério e que Tolentino foi denunciado para justificar a atuação de um “quadrilhão”, em relação ao fato, segundo o advogado, de que o procurador quis acusar um número elevado de pessoas.
Leonardo Isaac Yarochewsky, que defende Simone Vasconcelos, diretora de uma das agências de Marcos Valério, argumentou que ela deu dinheiro a políticos “a mando do chefe e que não tinha conhecimento de um suposto esquema de compra de votos”.
A defesa de Geiza Dias afirmou ainda que sua cliente era uma “funcionária mequetrefe” de Valério.
O advogado Castellar Modesto Guimarães Filho, que defende Cristiano de Mello Paz, afirmou que não há provas contra seu cliente. O advogado Paulo Sérgio de Abreu e Silva, que defende RogérioTolentino, disse que a intenção da Procuradoria foi aumentar o número de acusados. Citou que a denúncia do mensalão parece um “roteiro para novela das oito”.
O julgamento do mensalão começou na última quinta-feira, dia 02, com a leitura do resumo da ação penal feita pelo relator Joaquim Barbosa, que apresentou o nome dos réus e explicou a quais crimes eles respondem.
Informações de G1
FOTO: reprodução G1