Segundo uma das pesquisadoras, levantamento “sugere um claro vínculo entre a criação e o tamanho do hipocampo”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Cientistas dos Estados Unidos afirmam que existe relação entre o afeto com crianças são criadas e o tamanho da área do cérebro encarregada da memória, o hipocampo: quanto mais recebe um, maior o outro.
Segundo o estudo publicado nesta segunda-feira, dia 30, pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, pessoas criadas com afeto tem o hipocampo quase 10% maior que as demais. A pesquisa, realizada por psiquiatras e neurocientistas da Universidade Washington de Saint Louis, “sugere um claro vínculo entre a criação e o tamanho do hipocampo”, explica a professora de psiquiatria infantil Joan L. Luby, uma das autoras.
Os especialistas analisaram imagens cerebrais de crianças com idades entre sete e 10 anos que, quando tinham entre três e seis anos, foram observados em interação com algum de seus pais, quase sempre com a mãe. Foram analisadas imagens do cérebro de 92 dessas crianças, algumas mentalmente saudáveis e outras com sintomas de depressão. As crianças saudáveis e criadas com afeto tinham o hipocampo quase 10% maior que as outras.
A professora defende que os pais criem os filhos com amor e cuidado, pois, segundo ela, isso “claramente tem um impacto muito grande no desenvolvimento posterior”. Durante anos, muitas pesquisas enfatizaram a importância da criação, mas quase sempre focadas em fatores psicossociais e no rendimento escolar. O trabalho publicado nesta segunda-feira, no entanto, “é o primeiro que realmente mostra uma mudança anatômica no cérebro”, destaca Luby.
Embora em 95% dos casos estudados as mães biológicas tenham participado do estudo, os pesquisadores indicam que o efeito no cérebro é o mesmo se o responsável pelos cuidados da criança é o pai, os pais adotivos ou os avós.
Informações de portal G1
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