CPMI terá o depoimento de nove convocados, que são pessoas ligadas aos governadores, de Goiás e do Distrito Federal.
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – CPMI do Cachoeira ouvirá nesta semana o depoimento de nove convocados. Os depoentes são pessoas ligadas aos governadores Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal.
Nesta terça-feira, dia 26 está marcado o depoimento de Lúcio Fiúza Gouthier, ex-assessor de Perillo. De acordo com informações, ele teria presenciado o pagamento referente à venda da casa do governador de Goiás. O comprador, de acordo com investigações da Polícia Federal, seria o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Outro depoente da terça-feira, 26, é Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações. Localizada em um condomínio luxuoso de Goiânia, a casa foi registrada em um cartório em Trindade (GO) no nome dessa empresa.
Está marcado também o depoimento de Alexandre Milhomen, arquiteto que trabalhou na reforma da casa e que teria recebido de Cachoeira o pagamento de R$ 30 mil pelo serviço.
Na quarta-feira, dia 27, estão marcados os depoimentos de Jayme Eduardo Rincón, ex-tesoureiro da campanha de Perillo, e de Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador. Rincón é suspeito de ter recebido R$ 600 mil do grupo de Cachoeira. Eliane é suspeita de repassar informações sobre operações policiais aos investigados.
Também na quarta-feira, 26, está marcado o depoimento de Luiz Carlos Bordoni. Radialista, que disse que recebeu dinheiro da empresa Alberto & Pantoja Construções, investigada como parte do esquema de Cachoeira. O dinheiro referia-se ao pagamento de serviços prestados durante a campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás em 2010.
Bordoni também detalhou que parte do pagamento, R$ 45 mil, foi depositada na conta de sua filha, Bruna Bordoni, que já trabalhou no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Na quinta-feira, dia 28, está marcado o depoimento de Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal. A expectativa é que ele compareça, mas que não fale, já que conseguiu no Supremo Tribunal Federal habeas corpus garantindo o direito de ficar em silêncio. Além de Monteiro, devem falar à CPMI, o ex-assessor da Casa Militar do DF Marcello de Oliveira Lopes, conhecido como Marcelão, e o ex-subsecretário de Esportes do Distrito Federal, João Carlos Feitoza, conhecido como Zunga, suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Wilson Dias / ABr