Não houve acordo entre Ministério Público e Prefeitura. Polêmica começou quando 14 árvores foram derrubadas, gerando revolta de moradores e entidades ligadas a causa de proteção ao meio ambiente.
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O corte de árvores no entorno da Usina do Gasômetro,em Porto Alegre, seguirá suspenso. A decisão foi tomada após uma audiência de conciliação realizada na manhã desta quarta-feira na 10ª Vara da Fazenda Pública no Foro Regional, no bairro Tristeza, na zona Sul da Capital.
As partes – Ministério Público e Procuradoria-Geral do Município – não entraram em um acordo. O encontro foi mediado pela magistrada Nadja Mara Zanella.
A prefeitura de Porto Alegre pretende cortar 115 árvores para concluir a obra da duplicação da avenida Edvaldo Pereira Paiva, a Beira-Rio. O Ministério Público, através das promotoras de Justiça de Defesa do Meio Ambiente Annelise Monteiro Steigleder e Ana Maria Moreira Marchesan, pede que o Executivo implante, mediante o que prevê a revisão do Plano Diretor de 2010, o Parque Corredor do Gasômetro. A duplicação da Beira-Rio, entre a Rótula das Cuias e a Praça Júlio Mesquita, é uma das obras previstas para a Copa do Mundo de 2014.
A polêmica começou em fevereiro, quando 14 árvores foram derrubadas, o que gerou revoltas de moradores da região e entidades ligadas a causa de proteção ao meio ambiente. Três pessoas chegaram a subir nas árvores que ainda seguiam em pé para protestar contra o corte. Como compensação, a prefeitura da Capital promete deve plantar 401 mudas, sendo 60 dessas foram colocadas em março no Parque da Harmonia.
O prefeito José Fortunati foi alvo de críticas ao dizer que “as pessoas não utilizavam as árvores no Gasômetro”. Na época, que em só ano ano passado foram plantadas mais de 25 mil mudas na Capital, e lamentou que ninguém falava sobre isso.
Conforme o secretário de Meio Ambiente da Capital, Luiz Fernando Záchia, o projeto de duplicação da Beira-Rio prevê ainda o plantio de 1,8 mil árvores.
Informações de Correio do Povo
FOTO: reprodução / Correio do Povo