Quem escolhe dividir deve verificar a rentabilidade e não atrasar a quitação das parcelas, aconselha professor de finanças.
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Janeiro, hora de decidir sobre como pagar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA. Pagar à vista ou parcelar? O Portal novohamburgo.org foi atrás da resposta e encontrou a avaliação do professor de finanças da Universidade Guarulhos – UnG Antonio de Azambuja Neto e de Reinaldo Domingos, educador financeiro da DSOP Educação Financeira.
Segundo ele, quem não tem todo o dinheiro do imposto deve parcelar os pagamentos. Assim, evita começar o ano fazendo dívidas. Mas, caso o desconto seja ainda maior do que o valor dos juros do empréstimo para fazer o pagamento, o que é muito difícil, pode tomar o dinheiro emprestado e quitar o IPVA.
Azambuja Neto alerta para a necessidade de atenção na escolha da aplicação e na hora de pagar as parcelas restantes, para quem optar por dividir a dívida. “Será necessário verificar bem a rentabilidade e não atrasar o pagamento, senão a estratégia de parcelar não valeu a pena”, diz. Domingos sugere que quem for parcelar “insira imediatamente o valor das prestações no orçamento financeiro.”
É preciso lembrar, também, que outras despesas futuras demandarão capital. “Muitas pessoas acabam sendo influenciadas pelo desconto e esquecem que terão outros compromissos de grande importância, o que pode levar a problemas financeiros”, avalia. “Assim, antes de pagar, esteja certo de todas as contas e com reservas para imprevistos.”
À VISTA – Para quem optou pelo pagamento à vista, Domingos recomenda que, antes de pagar, o contribuinte tenha certeza que o dinheiro não fará falta para compromissos futuros. Caso contrário, “ficará vulnerável a entrar no cheque especial ou em financiamentos com juros altos”.
Como as famílias brasileiras têm diversas outras despesas no início do ano além do IPVA, o educador financeiro sugere ainda que a conta de maior prioridade para a família – ou aquela em que o valor do desconto é maior – seja paga de uma vez. “No caso daquelas que têm o carro como fonte de renda, o ideal é dar preferência ao IPVA.” O restante deve ser parcelado, diz.
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