Hospital Municipal alerta que alimentos levados a pacientes internados podem comprometer tratamento
A direção do Hospital Municipal Novo Hamburgo (HMNH) vem alertando aos familiares de pacientes sobre os cuidados que a casa de saúde tem com a alimentação. A intenção é conscientizar as pessoas a não levarem alimentos aos doentes, o que pode comprometer o tratamento.
A dieta prescrita pelos médicos deve ser mantida para não criar complicações na recuperação dos pacientes. Uma alteração, mesmo cercada de boa vontade dos familiares, pode significar o agravo na condição física de um doente ou levá-lo à morte.
Uma das enfermeiras-chefe da unidade D, Arlete de Moraes, salienta que, mesmo alimentos considerados saudáveis, se levados por visitantes, podem retardar o tratamento ou causar complicações clínicas.
“Muitas vezes o paciente pode ter patologias que podem se tornar muito sérias se a alimentação não for adequada. Para isso, temos uma nutricionista que segue orientações prescritas para cada paciente”, explica.
A coordenadora do Serviço de Nutrição Dietética, Raquel Zuanazzi, explica que a dieta é parte fundamental do tratamento e, por isso, deve ser respeitada. “Assim como um medicamento, a alimentação exige uma disciplina em relação a horários, tipos de alimentos e quantidades”, enfatiza.
No Hospital, cada paciente recebe seis refeições diárias (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia). Uma pesquisa realizada no ano passado entre os pacientes apontou a alimentação como um dos melhores serviços disponibilizados pela casa de saúde.
A psicóloga Tagma Schneider Donelli explica que parte dos almoços familiares, tais como churrasco, salada de maionese e sobremesas, infelizmente, estão entre os alimentos mais comumente levados pelos acompanhantes aos pacientes.
Segundo ela, muitos ficam sensibilizados pela condição do familiar internado e querem compensar isso dando a ele o que gosta, ignorando suas reais necessidades e restrições médicas.
As restrições do que pode ou não prejudicar o paciente não se limita a alimentos. Segundo a enfermeira chefe, flores levadas como um presente gentil também pode ser uma ameaça ao ambiente hospitalar.
“O pólen pode provocar reação alérgica, assim como um simples inseto, facilmente encontrado em buquês, pode picar alguém e causar sérios danos à saúde dos pacientes”, diz Arlete.
Objetos de decoração que acumulam ou soltam perfume ou partículas de poeira como ursos e pelúcia, objetos decorativos, porta retratos e outros também entram na lista das proibições.