Se navio não se apoia sobre algum ponto, buscas ficam perigosas para mergulhadores, explica porta-voz dos bombeiros.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O casco do navio Costa Concórdia, naufragado na Itália, moveu-se alguns centrímetros e causou a interrupção das buscas por desaparecidos nesta quarta-feira, dia 18. O acidente ocorreu na última sexta, 13.
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Segundo Luca Cari, porta-voz da equipe dos bombeiros, a mudança na posição da embarcação representava perigo para os mergulhadores que vasculhavam os espaços submersos do navio. “Estamos avaliando se ele encontrou um novo ponto de apoio antes de decidir se podemos retomar [as operações]”, explicou. “Por enquanto, não podemos nos aproximar.”
Na terça-feira, 17, Francesco Schettino, capitão do cruzeiro, teve prisão domiciliar determinada pela Justiça italiana. A promotoria da província de Grossetto acusa o comandante de homicídio culposo múltiplo e abandono do navio, entre outras acusações, com pena de 15 anos de prisão. Schettino já havia sido detido no sábado, 14, pelo procurador de Grosseto, Francesco Verusio.
ABANDONO – Uma conversa telefônica divulgada pelo jornal italiano Corriere della Sera mostra que o comandante do Costa Concordia abandonou o navio antes da retirada de todos os passageiros e se recusou a atender às ordens da Capitania dos Portos para que retornasse a bordo. Em depoimento à Justiça, Schettino negou as acusações e disse que não voltou ao navio devido à sua acentuada inclinação e que sua ação após o acidente salvou centenas de vidas.
Informações de Folha.com
FOTO: Enzo Russo / EFE