O aparelho também deve realizar testes rápidos de rubéola, sífilis, toxoplasmose e hepatite B em gestantes, precisando só de uma gota de sangue.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Foi assinado nesta quinta-feira, dia 17, um acordo para a fabricação de um equipamento que faz teste rápido de quatro doenças em gestantes com apenas uma gota de sangue. O acordo é feito entre o Instituto Carlos Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, e a empresa de equipamentos hospitalares e médicos Lifemed.
O kit já foi criado pela Universidade Federal do Paraná e inclui o aparelho, além de materiais necessários para os exames. Nesse aparelho, gestantes podem identificar em até 30min se estão com HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose e hepatite B. Além do resultado ficar pronto em menos de 1h, o aparelho será portátil. Com isso, poderá ser levado a áreas de difícil acesso, como periferias e zonas rurais.
Porém, o kit deve chegar ao Sistema Único de Saúde – SUS, só em 2014. Nele, o Ministério da Saúde espera também reduzir a taxa de prevalência das doenças entre grávidas, a partir do diagnóstico rápido e precoce no pré-natal. Inclusive, essa é uma das metas do Programa Rede Cegonha, lançado pela presidente Dilma Rousseff. A cada ano no Brasil são registrados cerca de 19 mil casos de sífilis congênita.
De acordo com o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o aparelho pode diagnosticar até 100 tipos diferentes de doenças, podendo ser usado por até 100 pacientes cada kit. “Esse equipamento, com o tempo, pode incorporar o diagnóstico de outras doenças infecciosas e podemos ampliar (o uso) não somente para o pré-natal, mas para toda a rede básica”, completou Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
Investimentos e valores
No período de cinco anos, o ministério deve gastar cerca de R$ 950 milhões com a compra gradual das unidades. Além disso, dois milhões de kits devem ser comprados em 2014 e dez milhões de unidades em 2019. Para o ministro de Saúde, os kits nacionais serão suficientes para abastecer a rede pública de todo o país em cinco anos.
Em 2014, cada kit deverá custa R$ 30,40 no primeiro lote de compras, o que deve diminuir em 2019, quando o preço deve cair para R$ 21,50 de cada equipamento. Para os cofres públicos, a economia é estimada em R$ 177 milhões com a redução de importações e demais custos.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Ilustrativa / Página Zero