Conclusão é baseada em comparação com países como Chile, Argentina, Uruguai, Porto Rico, Estados Unidos, França, Itália e Alemanha.
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O Brasil está atrasado nos procedimentos de implantes de marcapassos, de ressincronizadores cardíacos e no uso de desfibriladores em comparação aos países da América Latina e do Caribe. A conclusão é de levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular – SBCCV feito entre 2000 e 2010.
No Nordeste, houve redução do número de implantes de marcapassos, sem que houvesse diminuição da população, conforme a doutora Stela Sampaio, diretora do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da SBCCV. “O Brasil é um país que coloca menos marcapassos que o Uruguai, a Argentina e vários países menores”, declara Stela. “Comparando com Europa e Estados Unidos, aí é que os números ficam mais significativos.”
De acordo com o Censo Mundial de Marcapassos e Desfibriladores, o Brasil implanta 190 marcapassos por 1 milhão de habitantes. No Chile, esse número sobe para 216; na Argentina para 382; no Uruguai para 578; e em Porto Rico, para 606 marcapassos por 1 milhão de pessoas. Nos Estados Unidos, o censo revela que o total de marcapassos implantados supera 765 por 1 milhão de habitantes. Já na França, na Itália e na Alemanha, o total de implantes de marcapassos alcança, respectivamente, 1.019, 1.048 e 1.267 por 1 milhão de cidadãos.
MÉDICOS SUFICIENTES – “A gente tem batalhado para que isso [a diferença] seja amenizado, mas os governos, os gestores de cada região, não são sensíveis à resolutividade de um problema que não é difícil [de resolver]”, ponderou Stela. Ela afirma existir médicos suficientes no país, bem como especialistas, inclusive em cidades do interior, mas não é liberada verba para que o problema dos pacientes possa ser resolvido.
Informações de Agência Brasil
FOTO: divulgação / ABr