Advogado que representa 16 apostadores do bolão vendido pela lotérica hamburguense Esquina da Sorte pedirá bloqueio na Justiça Federal para tentar cancelar próximo sorteio.
Da Redação [email protected]
Pelo menos parte dos 40 apostadores que têm em mãos o comprovante do suposto bolão premiado da Mega Sena já definiram sua estratégia.
Representados pelo advogado Marcelo Luciano da Rocha, 16 apostadores que reclamam o prêmio do sorteio 1155 vão pedir o bloqueio dos R$ 53 milhões que teriam acumulado. A intenção é evitar que o próximo concurso (1156), marcado para quarta-feira, dia 24, ocorra antes que a questão seja resolvida.
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A confusão começou no último domingo, 21. Apostadores que compraram cotas de um bolão vendido pela lotérica hamburguense Esquina da Sorte conferiram seus números e descobriram que eram os mesmos sorteados no sábado, 20. A Caixa Econômica Federal, no entanto, não tem registro do jogo e oficialmente o prêmio está acumulado, já que ninguém acertou as seis dezenas.
Segundo Marcelo Luciano da Rocha, a Caixa Federal tem responsabilidade sobre as apostas. É o orgão responsável pela concessão dos serviços às casas lotéricas e, portanto, por fiscalizá-las. “O bolão é uma prática comum, ainda que informal. Não dá simplesmente para dizer que a aposta não foi feita e encerrar o assunto”, criticou o advogado em entrevista à Folha Online.
A hipótese sustentada por Rocha é de que a aposta não foi feita pela Esquina da Sorte. Nesse caso, a jurisprudência seria favorável aos apostadores, porque a lotérica é oficialmente uma concessionária. “Não creio na hipótese de erro humano”, disse, questionando a suposição do proprietário do estabelecimento.
LIMINAR – A partir de liminar, o advogado vai solicitar a suspensão do próximo sorteio e a divisão do prêmio da extração 1155 entre os apostadores do bolão. Pelo menos 21 pessoas compraram o produto, oferecido pela loteria a R$ 11,00 a cota. No total, foram oferecidas 40, divididas em 15 apostas diferentes.
Antes de ingressar com pedido de liminar na Justiça Federal, Rocha vai notificar a Caixa e solicitar um pedido de investigação interna. Segundo ele, o procedimento é uma formalidade para embasar o embargo do próximo sorteio da Mega Sena. A ação será movida na Justiça Federal de Novo Hamburgo.
Além da liminar, o advogado dos apostadores vai ingressar também com uma ação por danos morais contra a lotérica Esquina da Sorte e contra a Caixa Econômica Federal. “Meus clientes têm as provas de que apostaram as dezenas sorteadas. Eles tiveram a ilusão de que haviam ganhado.”
DEFESA – O advogado da lotérica, Marcelo de la Torre Dias, disse nesta terça-feira, 23, que está trabalhando com a hipótese de erro da gráfica em relação aos comprovantes distribuídos aos apostadores. Segundo ele, os números vendidos no bolão podem ter sido trocados na hora da impressão. “Foi uma fatalidade. A agência tem um longo histórico de idoneidade com a Caixa”, alega, também em entrevista à Folha Online.
Com informações de Folha Online e Agência Folha
FOTO: reprodução