Em 2010, 31,1% dos brasileiros brancos com idades entre 15 e 24 anos frequentavam a universidade. Índice entre a população parda e preta era de 13,4% e 12,8%.
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Mesmo com 50,7% da população brasileira se considerando como negros, elas ainda são minoria entre os que se formam no ensino superior. No ano de 2010, apenas 2,66% dos concluintes do curso de medicina eram pardos ou negros. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep.
Dentre os universitários que fizeram o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – Enade em 2010, somente 6,13% se declaravam negros ou pardos. Neste mesmo ano, 16.418 estudantes, de um total de 267.823 universitários, faziam parte deste grupo étnico. Já em 2009 foram 35.958 alunos concluintes negros entre 663.943 estudantes que prestaram o exame.
No que diz respeito ao desempenho dos estudantes no Enade, os negros têm uma nota 1,7% menor do que os alunos não negros, informa o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa.
No caso das instituições de ensino superior públicas que adotam cotas, o antropólogo Jocélio Teles salienta que é necessário fazer um trabalho paralelo da instituição para que o estudante possa superar completamente as diferenças em relação a alunos de boas escolas particulares.
“O que as universidades precisam pensar, e parece que poucas pensaram, é o que se chamou de permanência dos estudantes. É preciso que eles tenham cursos de línguas, que haja programa de monitoria e de tutoria para esses estudantes”, afirma Teles.
Informações de Uol.com.br
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