Conteúdo de 26 horas/aula integra formação dos servidores, que encerrará em dezembro
Situações do cotidiano como acidentes domésticos e de trânsito e que exigem conhecimento e preparo técnico para o atendimento inicial até que serviços de saúde cheguem ao local da ocorrência. Motivações para conteúdo de primeiros socorros, totalizando 26 horas/aula, que está sendo ministrado a turma de 12 novos guardas municipais, em treinamento até dezembro próximo.
Na última quinta-feira, 2, na sede da instituição, os alunos tiveram a primeira aula sobre o tema, ministrada pelo guarda municipal Adriano Saraiva. Com formação de enfermeiro e socorrista, e usando para a instrução de equipamentos como manequins adultos e de um bebê, além de um Desfibrilador Externo Automático (DEA), Saraiva explicou as técnicas e formatos do atendimento pré-hospitalar. “São instruções como segurança de cena, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), cinemática, o que ocorre no local. Tem ainda avaliação primária, suporte básico de vida, queimaduras, fraturas, tipos de choques”, destaca ele, pontuando que após a teoria entra a parte prática. “Que é o suporte básico de vida, baseado em protocolos internacionais atualizados e onde eles aprendem como atender uma vítima em Parada Cardio-Respiratória (PCR), situação que pode ocorrer tanto na escola como em qualquer lugar”, ilustra Saraiva. Ressalta que, em geral, são as viaturas da Guarda Municipal as primeiras a chegar em uma cena de acidente no Município, antes das ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). “E esse treinamento permite que eles se apossem desse conhecimento, para que quando chegarem possam oferecer a vítima a chance da sobrevida”, frisa. Exemplifica que numa parada cardíaca estudos mostram que a chance de vida se reduz em 10% a cada minuto da ocorrência. “O paciente que passou dez minutos, 11 minutos, teoricamente estaria morto por questões de oxigenação cerebral e cardíaca. Então essa é a nossa ênfase”, salienta o instrutor.
O conteúdo educacional da instrução em primeiros socorros prevê ainda a imobilização de trauma, prática que integra o Atendimento Pré-Hospilar (APH). “Os cursos de APH têm exigência mínima de 20 horas e muitas vezes a população desconhece que os guardas municipais têm essa formação. E estendemos atualizações também ao efetivo de mais de 200 servidores da instituição”, esclarece Saraiva.
Quem ganha é a população
Integrante da nova turma de guardas o hamburguense Jacson Alves da Fonseca, 28 anos, assinala quem ganha com a formação e o conhecimento em primeiros socorros que está sendo absorvido pelos servidores. “A importância de sermos bem treinados tem razão na população. Quem ganha com isso é o cidadão. Podemos nos deparar com essas situações no cotidiano e precisamos saber como agir. E estamos sendo bem treinados, bem orientados”, diz ele, que nunca teve treinamento similar e não escondia o entusiasmo com o aprendizado. “E esse treinamento vai nos permitir também adquirir a calma e tranquilidade para a aplicação correta da técnica quando necessário”, enfatiza Fonseca.