Objetivo do serviço é solucionar, com acordos, conflitos pontuais, sem que eles sejam levados à Justiça, conforme novas regras estabelecidas pela Anac.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Em meio ao caos aéreo envolvendo a Gol, poucos usuários com vôos atrasados recorrerem ao juizado especial para resolver o problema. E parece que, apesar da pouca demanda, o serviço funciona.
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“Remarquei a passagem, recebi dinheiro para alimentação e também um documento informando que o vôo foi cancelado”, diz o engenheiro Paulo Noronha, 54. “Se depois eu constatar que houve prejuízos por causa do cancelamento da reunião, tomarei outras providências”, completa.
O juizado está funcionando há 12 dias nos aeroportos. O objetivo é solucionar conflitos pontuais, sem que eles sejam levados à Justiça. 183 queixas foram protocoladas e 60 resultaram em acordo. Para a juíza Mônica Soares Machado Alves Ferreira, coordenadora dos juizados nos aeroportos, o resultado é bom.
“Ter mais de 30% de sucesso nos acordos significa que o serviço está funcionando”, afirma a juíza. Ela explica que o maior problema são vôos internacionais, pois as companhias dizem não ter como deixar um funcionário à disposição.
Em reunião convocada na terça-feira, dia 03, pela Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, a companhia aérea Gol disse que um erro na atualização de seu software para planejamento de escala gerou “dados incorretos que culminaram no planejamento inadequado da malha aérea e da jornada de trabalho dos tripulantes.”
Segundo a Anac, a reunião serviu para a Gol apresentar um plano de ação para atender os passageiros dos vôos cancelados ou atrasados. O plano, apresentado pelo diretor de operações da Gol, inclui o uso de cinco aeronaves extras, cada uma com capacidade para 230 passageiros, que eram destinadas a fretamentos, que entrariam em operação para acomodar os consumidores que esperam um vôo.
O diretor da Gol também se comprometeu a apresentar relatórios semanais sobre a quantidade de horas voadas pelos tripulantes. Outra medida combinada na reunião foi reativar a escala de trabalho dos tripulantes em agosto na mesma configuração usada em junho.
Informações Folha.com
FOTO: reprodução / Folhapress