Áreas respondem por cerca de 60 a 70% dos desvios, conforme diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade da AGU.
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As grandes responsáveis pelos desvios de dinheiro público no Brasil são as áreas de Educação e Saúde. As explicações para esta constatação são os grandes orçamentos e os muitos repasses de pequeno valor.
Quem afirma é o diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União – AGU, André Luiz de Almeida Mendonça. Ele informa não ter “dúvida em dizer que cerca 60 a 70% (dos desvios) se refere a esse tipo de área”, em entrevista ao jornal O Globo.
No departamento que dirige, são 110 pessoas trabalhando. Desde 2009, quando a AGU passou a ter um trabalho mais sistemático de recuperação do dinheiro público desviado, 8% dos valores questionados foram devolvidos aos cofres da União.
Na semana passada, por exemplo, retornaram aos cofres públicos R$ 54,9 milhões do Grupo OK, do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF). O valor é parte do dinheiro desviado da construção do Tribunal Regional do Trabalho – TRT de São Paulo, no escândalo que ficou conhecido como Caso Lalau.
O próprio Mendonça reconhece que falta muito para ser recuperado, mas acredita que houve avanços nesses últimos dois anos. Ele também defende uma justiça mais rápida, além de outras ações para reduzir o prazo de devolução do dinheiro. O diretor lembra que, somadas todas as etapas de apuração desde a detecção de irregularidades pelos órgãos de controle, o processo pode levar cerca de 17 anos.
Informações de O Globo
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