Um dos assuntos que mais tem gerado preocupação no Brasil e no mundo é o jogo virtual da Baleia Azul. O passatempo, disputado pelas redes sociais, propõe ao jogador 50 desafios macabros que vão desde a automultilação até o suicídio. O game funciona como uma espécie de “siga o mestre” – quem dita as regras e propõe os desafios é um mentor, o qual envia aos participantes mensagens com instruções do que fazer e solicita fotos como prova do cumprimento das tarefas.
Os jogadores geralmente são crianças e adolescentes, que, além de estarem mais suscetíveis a influências de terceiros, passam mais tempo em redes sociais. Tudo começa de maneira “leve” – no início, são delegadas aos jogadores tarefas como assistir a filmes de terror, ouvir músicas psicodélicas e desenhar uma baleia azul em um papel. Com o passar dos dias, os adolescentes chegam a ser desafiados a se pendurarem em lugares altos e se automutilarem, ou até tirarem a própria vida.
No Brasil, uma menina de 16 anos morreu no Mato Grosso após se afogar em uma lagoa na região central de Vila Rica, a cerca de 1.200 km de Cuiabá. A principal suspeita da polícia é a de que a jovem, que apresentava cortes nos braços, participava do jogo da Baleia Azul. A polícia brasileira também investiga a participação de alunos de João Pessoa em grupos de automutilação e morte, além das denúncias de que os curadores do game estariam ameaçando os jovens que tentassem desistir dos desafios.