Ministro Carlos Ayres Britto negou que redução da pena de Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão, esteja relacionada ao pedido de delação premiada feita pelo réu em setembro.
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O presidente do Supremo Tribunal Federal – STF, ministro Carlos Ayres Britto, disse nesta segunda-feira, dia 05, em Recife, que uma eventual redução da pena imposta ao operador do mensalão, Marcos Valério, “é viável”, mas que o assunto ainda não foi discutido.
Segundo ele, comentários sobre o assunto surgem, mas nada ainda está definido, nada combinado, nada ajustado. O ministro negou que uma eventual de redução da pena de Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão, esteja relacionada ao pedido de delação premiada feita pelo réu em setembro ao STF e ao Ministério Público Federal.
O presidente do STF disse ainda que espera definir o critério para o cálculo da pena no processo do mensalão antes da sua aposentadoria compulsória, em 18 de novembro. Em Recife, Ayres Britto participou de uma homenagem ao ex-ministro do STF Djaci Falcão (1919-2012), pai do presidente do CNJ, ministro Francisco Falcão. O evento ocorreu no Tribunal Regional Federal – TRF da 5ª Região.
A reportagem da revista Veja na edição no último final de semana informou que Valério revelou, no depoimento que deu ao Ministério Público Federal na tentativa de obter a delação premiada, ter detalhes envolvendo o PT no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002.
Segundo a reportagem, Valério disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estavam sendo extorquidos por figuras ligadas ao crime de Santo André. Ronan Maria Pinto, que é apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de cobrança de propina na prefeitura, seria um dos suspeitos de chantagear Lula e Carvalho.
Informações de Folha de São Paulo
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