Inicialmente, cerca de 700 famílias serão beneficiadas com o projeto
A Vila Palmeira, uma área de 50 hectares localizada na zona sul de Novo Hamburgo, será regularizada. Das cerca de duas mil famílias que hoje residem no local, 700 serão beneficiadas inicialmente, a partir de um projeto arquitetônico e urbanístico que está sendo elaborado por uma equipe do curso de Arquitetura e Urbanismo da Feevale. O trabalho é resultado de uma parceria com a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS) e Associação dos Arquitetos e Engenheiros Civis de Novo Hamburgo (ASAEC-NH).
O convênio, que vinha sendo discutido há mais de um ano, entre a secretaria de Habitação do município e a professora Alessandra do Amaral Brito, está baseado em lei federal que assegura às famílias de baixa renda a assistência técnica pública e gratuita para projeto e construção de habitação de interesse social. Depois da formalização da parceria, em 30 de julho, agora foi assinado, pelo prefeito Tarcisio Zimmermann e pelo reitor Ramon Fernando da Cunha, um plano de ação relativo ao período de 2009 a 2012. Também participou do ato o pró-reitor de Tecnologia, Pesquisa e Inovação, Cleber Cristiano Prodanov. A partir disso, a prefeitura poderá firmar convênio com o governo federal, visando à captação de recursos.
Os professores Reinaldo Ferreira Barbosa e Luciana Néri Martins, que a líder do projeto de extensão Arquitetura e Comunidade, iniciaram a segunda etapa dos trabalhos nesta semana, juntamente com arquitetos-residentes e acadêmicos do curso. As ações terão incidência na Vila Palmeira e, posteriormente, na área conhecida como Vila Capanema. A princípio, serão beneficiados os moradores das ruas 16, da Divisa, Nazaré, Solidariedade, Itati e Carlos Dornelles. As ações contemplarão projetos arquitetônico, urbanístico e outros complementares, como de infra-estrutura, rede elétrica e iluminação pública, recuperação ambiental e melhorias habitacionais, trabalho social e equipamentos comunitários.
Para a operacionalização das ações, foi definido um plano de ação semestral, com objetivos e metas a serem alcançadas no período, bem como reuniões periódicas para análise e discussão das propostas desenvolvidas. À Feevale caberá, entre outras obrigações, detalhar o escopo dos projetos definidos no plano, conforme as suas peculiaridades, dificuldades, recursos, capacidade técnica e recursos humanos disponíveis naquele período. A parceria possibilitará, também, a construção de conhecimento na área, através da produção de artigos, notícias e demais produção científica sobre os trabalhos desenvolvidos.