Emerson Fernando Lourenço (PDT) e o ex-subsecretário de Obras, Pedro André Arenhardt, foram acusados de comprar imóveis com dinheiro oriundo do tráfico.
A Justiça confirmou nesta quarta-feira, 6, a condenação do presidente da Câmara Municipal de Novo Hamburgo, Emerson Fernando Lourenço (PDT), conhecido como Fernandinho, e do ex-subsecretário de Obras da cidade, Pedro André Arenhardt, por crimes de organização criminosa e aquisição de imóveis para a lavagem de dinheiro. Outras quatro pessoas também foram condenadas: Tatiane Engeroff, Edimar de Souza, Luiza Mendes e Roseli Souza.
Segundo a denúncia, os réus integraram uma organização criminosa entre janeiro de 2012 e dezembro de 2018, nas cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo e Tramandaí, para lavar capitais obtidos via tráfico de drogas e exploração de jogos de azar. A acusação narra ainda que, a partir de abril de 2015, os réus passaram a comprar imóveis com dinheiro dos crimes.
Fernandinho recebeu uma pena de 16 anos de reclusão e 400 dias-multa, enquanto Arenhardt deverá cumprir 9 anos e 4 meses de reclusão e pagar 250 dias-multa. Ambos foram acusados de manter vínculos com uma facção que atua no Vale do Sinos.
Além disso, o magistrado decretou a interdição para o exercício de cargo ou função pública por 8 anos, tanto para o vereador quanto para o ex-subsecretário. Eles podem recorrer da decisão e responder ao processo em liberdade.