Um dos argumentos utilizados para revogar decisão de lei que proibia a medida é que as vestimentas não perturbam a segurança dos cidadãos.
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A Suprema Corte da Espanha revogou a decisão que proibi o uso do véu islâmico e de trajes religiosos muçulmanos no país. A ação estava em vigor desde o ano de 2010 e foi interpretada como uma limitação da liberdade religiosa. De acordo com a Corte, o uso dessas peças que tapam o rosto não afeta a segurança dos cidadãos nem garante mais proteção à igualdade de gênero.
Na Espanha, existe um elevado número de muçulmanos. Na cidade de El Vendrell, em Tarragona, não é raro ver mulheres usando essas vestimentas religiosas, que cobrem os cabelos, o rosto e às vezes com roupas largas. A proibição dos trajes foi adotada em várias regiões do país, como Tarragona, Barcelona, Manresa e L’Hospitalet e Coín.
Em 2010, o uso da vestimenta muçulmana foi pauta dos debates no Senado espanhol. Na época, houve uma moção que solicitava ao governo que promovesse “reformas legais e regulamentares necessárias” a fim proibir o uso destas roupas em espaços públicos.
A medida, defendida pela senadora Alicia Sánchez Camacho, foi aprovada com 131 votos a favor e 129 contrários. No início da semana, por meio de um discurso na reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, condenou a islamofobia e defendeu o direito à liberdade religiosa.
Informações de Exame
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