Quanto à utilização da internet em ambientes de trabalho, o percentual é de 50%. Compras e vendas online caíram, diz pesquisa.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
As empresas brasileiras que usam computador eram 97% do total em 2010, contra o índice de 95% registrado em 2007. Além disso, metade das empresas utilizavam a internet no ano passado; três anos antes, eram apenas 28%.
A pesquisa TIC Empresas Brasil 2010, que foi feita com cinco mil empresas de pequeno, médio e grande porte com mais de dez funcionários, em cinco regiões do país, também constatou que as compras pela internet diminuíram de 64% para 55%. O mesmo ocorreu com as vendas, que recuaram de 45% para 36%.
O levantamento trata do uso de tecnologias de informação e comunicação no Brasil. Foi reapresentado nesta quarta-feira, dia 19, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br e pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação – Cetic.br.
O Brasil precisa de mais condições para que o pequeno empreendedor possa aproveitar os recursos de tecnologias de informação e comunicação (TICs) para inovar e criar novos serviços, além de avançar no seu empreendedorismo. É o que diz o representante da sociedade civil no CGI.br, Carlos Afonso. “No Brasil ainda há limitantes muito sérios, como o custo da telefonia móvel, que é altíssimo e continua sendo o mais caro do mundo. Enquanto em países como a Índia é o oposto e um grande benefício para os pequenos empreendedores”.
Representante do CGI.br critica
preços de telefone e internet
Para ele, os altos preços da telefonia e internet no país limitam o acesso da população a esse tipo de serviço. Isso ocorre por causa do monopólio das empresas do setor, que provavelmente combinam para estabelecer um patamar de preços, segundo Afonso.
“Essas empresas procuram jogar o imposto como desculpa para que os preços sejam maiores, mas se retirarmos todos os impostos ainda assim o preço será o mais alto entre as oito maiores economias [do mundo]”.
O representante ressaltou que para modificar essa situação as agências reguladoras precisam atuar com mais eficiência. “Precisamos de agências reguladoras que exijam qualidade de serviço. Hoje temos uma agência que é vulnerável às pressões de grandes interesses. Apesar de ter sido criada para ser neutra e estar focada em beneficiar o consumidor, infelizmente não é exatamente o que faz”.
Informações de Agência Brasil
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