Pessoas que sofreram grandes perdas de massa podem agora regenerar seus músculos, evitando assim, casos de amputação de membros.
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Uma equipe da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, desenvolveu um método inédito: a recuperação de músculos em pessoas que sofreram grandes perdas de massa. Para isso, soldados já testaram o procedimento, que usa células extraídas do porco para reconstruir o tecido humano.
No procedimento, os cirurgiões implantam uma espécie de “cola celular” no local lesionado. Essa cola é composta por proteínas ligadas ao crescimento, retiradas da bexiga do porco. O método funciona da seguinte maneira: essas proteínas acionam as células-tronco para envolver a área e, assim, inicia o processo de crescimento e recuperação do tecido. Isso não ocorre com tecidos adultos geralmente.
Após a cirurgia, o paciente deve passar por uma rotina intensa de reabilitação para exercitar a nova musculatura, que ainda está se desenvolvendo. Porém, o procedimento não faz tudo sozinho. “O paciente precisa fazer sua parte, que envolve muito esforço”, afirmou o médico que lidera o estudo, Stephen Badylak. Na técnica, o paciente também pode recuperar seus tendões e nervos.
Quatro soldados, até o momento, já foram operados e o resultado tem sido bom, como esperado. Um dos soldados era veterano de guerra e perdeu a maior parte do músculo tibial durante um ataque. Agora, seis meses após sua cirurgia, ele deve concluir o programa de reabilitação. “O que poderia ter sido uma amputação, é hoje um membro que trabalha muito melhor do que depois que sofreu a lesão”, declarou o médico.
O grupo de pesquisadores, liderado por Stephen Badylak, faz parte do Armed Forces Institute of Regenerative Medicine – Afirm, do Pentágono. O instituto recebe US$ 250 milhões por ano, a fim de investir em avanços na área da saúde.
Informações de Revista Galileu
FOTO: McGowan / Institute for Regenerative Medicine