Eleito por aclamação em assembleia, Leonardo Lessa estará a frente da instituição no no biênio 2024/2025.
Iniciado em 2024, o mandato do empreendedor Leonardo Lessa, promete trazer um olhar inovador à administração da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo. Lessa faz parte da equipe diretiva da instituição há sete anos e conhece bem os desafios que a gestão enfrenta. Em uma conversa aberta, Lessa fala como encarar os desafios impostos pelo e-commerce e reflete sobre a importância da capacitação para superar as dificuldades. Qual é a sua visão estratégica para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo durante o seu mandato e quais as medidas para aumentar ainda mais a relevância institucional da CDL na cidade?
Estamos fazendo o realinhamento do planejamento estratégico da missão. É uma mudança que aconteceu no passar dos anos. Não somos só a representação desses associados. Uma coisa que mudou significativamente é a oferta de soluções competativas para o associado. São serviços que a CDL faz, além da busca de oportunidades fora da alçada que antes não nos cabia. Um dos grandes diferenciais que buscamos para esses dois próximos anos é o aumento da capacitação. Atualmente, a internet tem muitas opções de cursos e especializações. Existe coisa boa e ruim, queremos criar uma espécie de filtro para o associado, uma validação do que realmente é útil ou não. Esse é um dos papéis que nós visualizamos como necessário, fazer uma espécie de curadoria.
Qual a tua avaliação sobre a campanha Natal Premiado? Já há alguma projeção para a próxima campanha?
Podemos considerar que foi um sucesso essa campanha.Esse ano diversificamos, foram os para três motocicletas, televisão, iPhone, videogame, enfim. Muita gente participando e aderindo ao cupom digital. Inclusive, isso facilitou bastante para quem participa. Cadastrar era bem fácil, através de um QR code. Isso facilitou bastante para a gente e para quem participa também, já que a pessoa não precisava ficar na loja para preencher nada. Outro ponto para ser destacado, é que três pessoas foram beneficiadas com o prêmio principal, que foi a moto, além dos demais prêmios e da premiação do vendedor também. Então esse formato que adotamos nessa campanha permitiu que muita gente ficasse feliz.
Há previsão de outra campanha nesses moldes mas vinculada a outra data?
Teremos a campanha do Dia das Mães, Dia dos Pais e do Dia das Crianças que já são feitas e que iremos repetir. São com prêmios menores, mas que também irão deixar as pessoas felizes. A premissa da escolha das datas é a importância que elas têm para o lojista em termos de vendas.
Segue nos planos da entidade a realização da pesquisa que reconhece as marcas mais lembradas da cidade?
Sim! Essa é uma das missões da minha gestão: fazer novamente a pesquisa. Estamos realizando reuniões de planejamento, mas ainda não chegamos na definição de datas, mas teremos sim. Já estamos vendo o instituto que realizará a pesquisa que será por amostragem. Nós da CDL determinamos quais serão as classes, segmentos, que a princípio serão 20.
Além de empresário você é artista. O quanto dessa bagagem pessoal você trará para a sua gestão?
É um paradigma interno, meu ser comerciante, ser artista, ser empresário, e ser humanizado, sabe? Muitas vezes, são dois extremos. Nunca imaginei essa fusão. Eu tive meu negócio desde novo, sempre tive, sempre fiz isso da vida e faço até hoje. Como Nietzsche diz, “Temos a arte para não morrer ou enlouquecer perante a verdade”, e é assim que eu vejo a arte na minha vida. A arte é para refletir, para conversar, para viver. É a expressão, né? Como faço parte da gestão da CDL há muitos anos, eu sempre tive esse olhar, digamos, mais sensível. Foi assim com o restauro da nossa casa, que é patrimônio histórico, por exemplo. Eu acredito na descentralização da arte, que é um alimento para a alma e sempre vou defender e incentivar iniciativas que promovam a cultura.
Acredito que o desafio de todo lojista hoje é o comércio on-line. A loja física está sem saber para onde correr.
Quais são os principais desafios que você identifica para o setor varejista e empresarial de Novo Hamburgo neste momento?
Acredito que o desafio de todo lojista hoje é o comércio on-line. A loja física está sem saber para onde correr. Por mais que a gente converse e pense no que fazer, a gente não vai conseguir combater. Está aí, está posto! E nem falo das lojas internacionais, mas sim dos grandes nomes nacionais mesmo. Eles têm um domínio de logística. Não adianta negar. É como se o taxista quisesse negar Quais são os principais desafios que você identifica para o setor varejista e empresarial de Novo Hamburgo neste momento? Acredito que o desafio de todo lojista hoje é o comércio on-line. A loja física está sem saber para onde correr. Por mais que a gente converse e pense no que fazer, a gente não vai conseguir combater. Está aí, está posto! E nem falo das lojas internacionais, mas sim dos grandes nomes nacionais mesmo. Eles têm um domínio de logística. Não adianta negar. É como se o taxista quisesse negar a existência do transporte por aplicativo.Acho que o principal desafio do varejista é trazer a discussão para a mesa. Trazer um novo olhar e desbravar caminhos alternativos. A CDL, que na sua origem é um clube de lojistas, tem um papel importante nisso. Afinal de contas, em um clube a gente pensa juntos, conversando sobre os nossos negócios. A gente quer um comércio pujante, agradável e feito por pessoas que querem se desenvolver. Por isso a capacitação é cada vez mais necessária. Não tem como competir com o digital, mas é necessário se posicionar.
O que você pretende fazer para transformar a estrutura da entidade e modificar coisas que considera importantes?
Eu acho que fui agraciado com a formação da gestão. Nas nossas reuniões de planejamento estratégico estão todos bem engajados, leves, contentes e isso acaba motivando internamente quem está trabalhando. Uma das coisas que eu estou tentando fazer, é valorizar pessoas que trabalham há muitos anos na CDL e possuem muito conhecimento. Ouvir o que essas pessoas têm a dizer e ver como elas podem contribuir a partir da vivência delas. O que eu venho defendendo é conexão. Tanto a interna quanto a externa, em relação ao associado.
A gente quer um comércio pujante, agradável e feito por pessoas que querem se desenvolver. Por isso a capacitação é cada vez mais necessária. Não tem como competir com o digital, mas é necessário se posicionar.
Quais ações para ampliar o número de lojistas associados e também aumentar a receita da entidade?
A ideia é promover a utilização do salão social para eventos e cursos e monetizar os espaços através de locações. Também pretendemos arrecadar com capacitações. Nossa ideia não é só gastar. E se gastar, é para ter rentabilidade ali na frente. Também pensamos numa reformulação da revista Ação Lojista de forma que se torne mais atrativa para os anunciantes. E alguns serviços que oferecemos são importantes para mantermos o lojista associado, como a certificação digital e as parcerias com a Unimed e SPC, por exemplo. Quais são as suas expectativas em relação à parceria com outras instituições e órgãos governamentais para promover o desenvolvimento econômico da região? Hoje nós já temos uma parceria com a prefeitura de Novo Hamburgo em relação à Secretaria Municipal de Cultura, mas acho que podemos ampliar ainda mais. Acredito que a CDL precisa se aproximar do turismo, da Secretaria de desenvolvimento econômico. Listar os pontos de lazer, cultura, capacitar os lojistas desse segmento. Uma economia forte é feita a várias mãos.