OPINIÃO
Novo Hamburgo passa a ter um novo medo. Podemos dizer: um novo e grande dodói que voltou ao radar e preocupação dos hamburguenses. O tema? Antigo conhecido da cidade: as invasões em áreas públicas e privadas.
Falamos da invasão que ocorre, dia a dia, nas margens da ERS-239, em Novo Hamburgo. Ela fica em frente a Universidade Feevale e ao lado do Loteamento Kephas, e gera uma insegurança e situação de perigo para não só para as pessoas que ali “residem”, mas para toda a comunidade em geral, principalmente aos moradores dos bairros e do Loteamento ao lado, que acompanham seu crescimento diariamente.
É uma área privada, com parte como APA (Área de Proteção Ambiental). São cerca de 95 famílias neste local (lembrando: aqui falamos da área de risco).
Tal situação me fez lembrar da tragédia registrada em 22 de abril de 2011, quando ocorreram os deslizamentos de terra em local próximo a esse. Naquele evento, foi decretada situação de emergência. 4.300 pessoas atingidas, 230 desabrigadas, 1.450 desalojadas, onde as vilas dos bairros São José e Diehl foram as mais atingidas, inclusive com 3 mortes de crianças. O engenheiro Marcelo Conceição relembrou o terrível fato.
Em 16 de julho, uma quase outra tragédia. Próximo deste local, uma casa, em situação de perigo, foi abaixo, em mais um temporal. Uma pessoa chegou a ficar presa dentro dela. As imagens estão abaixo.
As imagens do comandante Alceu Mário Feijó são claras. O risco de desabamento dessas casas é enorme. Veja, no maior ponto do morro com casas o perigo que nós estamos vivendo, e a insegurança de uma tragédia próxima, caso existam chuvas fortes na nossa cidade.
Estamos discutindo o certo? Estamos falando de estruturar uma invasão, ou de retirar essas pessoas e acabar com um perigo iminente? Na Câmara de Vereadores, na
prefeitura, precisamos debater esses riscos que crescem diariamente. Quando vamos nos preocupar com esse problema, que está nas nossas vistas? Esse não é o problema somente dos donos dos terreno invadidos, mas social: afinal, vidas estão em risco.
Tão nas nossas vistas que existem pessoas vendendo terrenos ali, para pessoas que acabam negociando, tornando como sua moradia e tendo o risco enorme de um desabamento. E isso não pode acontecer.
Imagens: Bombeiros e Alceu Feijó/especial
Opinião do DuduNews e de Aurélio Decker