Presidente Obama promete que objetivo agora é estender fronteiras, mas que, para isso, são necessários avanços tecnológicos.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O ônibus espacial Atlantis decolou com sucesso, mas com um pequeno atraso de três minutos, às 12h29min (horário de Brasília) desta sexta-feira, dia 08, em sua última missão. O vôo é o último tripulado da Nasa por tempo indeterminado.
A decisão de aposentar a frota veio após o acidente com o Columbia, que se desintegrou na reentrada após uma missão em 2003. A orientação do então governo Bush era finalizar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), aposentar a frota até 2010 e desenvolver uma nave nova que deveria estar em operação em 2014. A missão do Atlantis é levar o módulo multipropósito Raffaello, com suprimentos e partes sobressalentes, para a ISS.
De lá para cá, o governo Obama confirmou a aposentadoria do programa, mas permitiu um ano a mais de vôos, até 2011. As operações na ISS foram estendidas até pelo menos 2020. E o programa de naves da administração Bush, o projeto Constellation, foi cancelado. Em seu lugar, o atual presidente ordenou que a parte de desenvolvimento e construção de espaçonaves fosse delegada à iniciativa privada, enquanto a Nasa se dedicaria a pensar as próximas fronteiras da exploração espacial.
“Vamos começar a estender as fronteiras que temos para que não fiquemos fazendo a mesma coisa repetidamente. Vamos pensar sobre qual é o próximo horizonte. Qual é a nova fronteira? Mas para fazer isso, vamos precisar de avanços tecnológicos que ainda não temos”, disse Obama na quarta-feira, 06, em uma entrevista com usuários do Twitter. O presidente americano afirmou que a “nova fronteira” pode ser Marte e que, para chegar lá, “um asteróide é um bom ‘pit stop’”.
TRIPULAÇÃO – O Atlantis levará quatro astronautas: o comandante Christopher Ferguson, em sua terceira missão; o piloto Doug Hurley, em sua segunda; e os especialistas de missão Sandy Magnus e Rex Walheim, ambos com três missões cada. É a menor tripulação desde 1983. De lá para cá, os vôos sempre levaram de cinco a sete astronautas. A razão para a equipe reduzida é que os outros ônibus espaciais foram aposentados: por isso, não há nenhum que possa ser usado em uma missão de resgate.
Caso haja algum problema com a nave, os tripulantes serão transferidos para a estação espacial e retornarão, um por vez, nas naves russas Soyuz – um processo que pode levar até um ano. Além disso, menos gente a bordo significa mais espaço para carga e a agência quer aproveitar cada centímetro disponível em seu último voo.
Informações de portal G1
FOTO: reprodução / Scott Audette-Reuters