Vice-prefeito Sebastião Melo acrescentou que audiências foram sim realizadas, mas suspensas por falta de segurança e não por falta de vontade do governo.
Da Redação ([email protected]) (Siga no Twitter)
A prefeitura de Porto Alegre definiu, sob o argumento de falta de segurança, que não será feita nova tentativa de audiência pública do transporte coletivo. Depois da confusão que obrigou o fim dos debates, nesta segunda-feira, dia 10, o vice-prefeito Sebastião Melo foi enfático: “Não vamos correr o risco de acontecer uma tragédia”.
Melo acrescentou que as audiências foram sim realizadas, mas suspensas por falta de segurança e não por falta de vontade do governo. Segundo ele, a intenção da prefeitura era qualificar a licitação ouvindo opiniões diferentes das já colocadas. “O processo deveria ser qualificado pelo contraditório, mas de forma civilizada. O que ocorreu no Tesourinha foi uma selvageria”, frisou.
Manifestantes romperam a tela de proteção do Ginásio Tesourinha e começaram a arremessar itens contra representantes da prefeitura — entre eles, o vice-prefeito e o presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC Vanderlei Cappellari. Foram lançadas bolas de papel, pedaços de madeira, pedras e rojões.
A Guarda Municipal reagiu com rigor para conter a minoria exaltada que protestava. Cerca de 500 pessoas, que conseguiram ingressar no Ginásio Tesourinha, participavam da reunião quando iniciou o confronto. “Teve hora que veio rojão embaixo da nossa mesa”, relatou Melo. “As pessoas estavam muito violentas, agressivas. Os objetos não foram o motivo principal”, disse Cappellari. O governo não sabe explicar como os manifestantes ingressaram no ginásio com artefatos, já que foi realizada revista na entrada.
A prefeitura descarta totalmente a realização de uma nova audiência pública. O edital de licitação para escolher as novas três permissionárias do transporte público da Capital será publicado no dia 31. “Estamos dando como concluído o processo de ouvir a população. Vamos reabrir nessas duas semanas as discussões e tentar avaliar melhor todas as atas que foram elaboradas nas 23 reuniões nas regionais do Orçamento Participativo”, apontou Cappellari. Segundo ele, dos onze pontos levantados nas reuniões do Orçamento Participativo, nove já estão contemplados no edital – entre eles, a inclusão progressiva do sistema de ar-condicionado em 100% da frota de ônibus.
Informações de cp
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