A partir da compra de uma nova tecnologia que permite fabricar roupas íntimas sem precisar de costura, o Grupo Crisdu, com sede em Igrejinha, trouxe para o Rio Grande do Sul parte da produção que estava sendo feita na China. Totalmente digitalizadas, as 10 máquinas importadas da Itália já estão em funcionamento. Foram investidos 2 milhões de euros (R$ 10,7 milhões) na tecnologia “Seamless”. Antes, esse trabalho era feito no país asiático, e eram necessários 10 contêineres por ano para trazer os produtos finalizados.
Com o aumento da produção no Estado (140 mil peças ao ano), a empresa precisou contratar 50 novos funcionários. No total, o Grupo Crisdu emprega 1,2 mil pessoas para a produção de itens de confecção. Detalhe curioso é que as máquinas foram instaladas no prédio de Três Coroas que a fabricante arrematou em leilão da Crysalis, calçadista que teve falência decretada. A reportagem havia noticiado o leilão.
Atualmente, o Grupo Crisdu exporta um terço da produção. A empresa prevê um crescimento de 15% no faturamento neste ano, puxado especialmente pelo mercado externo. Até dezembro de 2022, o parque fabril terá sua capacidade dobrada, com um total de 20 máquinas trabalhando 24 horas por dia. A intenção é passar a usar a tecnologia também para a produção de moda fitness, ou seja, para a prática de exercícios físicos.