Moradores de rua e famílias com dificuldades para enfrentar o frio são beneficiados com serviços como o projeto Convida.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Com a chegada da estação mais fria do ano, a Secretaria de Desenvolvimento Social de Novo Hamburgo – SDS está intensificando os serviços de atendimento social no município.
Além da Campanha do Agasalho, a SDS recebe moradores de rua em abrigos e albergues municipais todos os dias, onde eles podem receber benefícios e encaminhamentos sociais.
Atualmente, através do projeto Convida, onde trabalham profissionais do Sistema de Atendimento Social de Rua (SAS – Rua), funcionários fazem um trabalho de abordagem com os moradores de rua e encaminhamento para os projetos do município, para a confecção de documentos e busca por um trabalho. Além disso, muitos deles são direcionados ao Albergue Municipal e Abrigo Bom Pastor, onde ficam os adultos que não tem onde morar.
O serviço prestado pelo SAS – Rua funciona até às 20 horas, e a partir de agora, este serviço será intensificado por agentes da Guarda Municipal com a assessoria de um educador do Abrigo Bom Pastor, que trabalhará nas ruas a partir das 20 horas fazendo as abordagens.
No Albergue Municipal, a partir das 19 horas, os moradores de rua podem fazer a sua refeição e tomar banho diariamente, além de dormir no local por até três noites. No entanto, de acordo com a equipe do espaço, são distribuídas mais de 30 refeições por dia à pessoas de rua, que entram no local, se alimentam, tomam banho, e por sua própria vontade, retornam às ruas com novas roupas e cobertores, enfrentando as noites frias de inverno.
MORADIA – Já no Abrigo Bom Pastor, que funciona no mesmo local do Albergue (rua General Osório, 192, Hamburgo Velho), as pessoas que não têm família e nenhum meio de sustento podem morar provisoriamente. “É um espaço destinado às pessoas que não têm ninguém por elas. O que se tenta fazer é encaminhá-las para um trabalho ou procurar por sua família, mas ninguém fica na rua, a não ser que essa pessoa queira, pois o município não tem o poder de obrigar os moradores de rua a se tornarem abrigados”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Jurema Guterres.
O Abrigo tem 20 vagas, sendo que 17 estão ocupadas. O Albergue também possui 20 vagas e para os moradores que precisam de lugar para passar a noite, está sempre com as portas abertas. “As vagas podem ser aumentadas, de acordo com a demanda, ninguém fica na rua contra a sua vontade”, ressalta Jurema.
Famílias em condições precárias para
enfrentar o frio podem pedir auxílio
As famílias que passam por dificuldades com o frio do inverno também podem procurar os centros de referência de assistência social (CRAS) e as unidades de referência em assistência social (URAS) de Novo Hamburgo. Os locais recebem pedidos de auxílio e repassam doações como roupas, cobertas, agasalhos, móveis e alimentos aos moradores.
Somente nos dias 04 e 05 de julho, foram entregues nos locais 300 cobertores. As assistentes sociais dos CRAS, como Joice Castro da Costa, que trabalha no Kephas, identificam as famílias que precisam no momento de seu cadastramento de vinculação à assistência social do município. “Quando as famílias buscam o atendimento social junto aos CRAS E URAS, nós identificamos as suas necessidades e repassamos o que eles mais precisam”, conta Joice.
Para os moradores que por algum motivo não têm condições de ir até os locais para buscar as doações, a Fábrica da Cidadania faz a entrega na residência. Desta forma, a industriária Andréia Ferreira da Silva (foto), 31 anos, que mora com o marido e seus oito filhos em uma casa no bairro São Jorge, recebeu na manhã de terça-feira, dia 05, quatro novos cobertores.
“São oito pequenos, mais e meu marido. Eu não ia ter condições de comprar, e agora, com esse frio, a gente tá precisando muito, então eu liguei para o CRAS e pedi”, explicou.
A Coordenadora da Fábrica da Cidadania, Olita Moralles, ressaltou a importância de trabalhar com a inserção das famílias no serviço social. “Não é só entregar donativos, é inserir essas famílias na rede, trabalhar com seus filhos nos projetos nos turnos contrários ao da escola, é trabalhar a autonomia com esses cidadãos”.
Informações de Imprensa da PMNH
FOTO: divulgação / Renata Arteiro