O último sindicato entra em greve nesta semana, que já impediu a entrega de 60 mil cartas no país desde o começo da paralisação.
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Entre os 35 sindicatos, 34 aderiram à greve já na última semana. O último a aderir será o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Uberaba e Região – Sintect-Ura, que entra na paralisação nesta quarta-feira, dia 21.
A greve já impediu 60 mil cartas de serem entregues no Brasil na semana passada e Correios tem plano de contingência. Nesta sexta-feira, 16, ocorreu a assembleia que decidiu pela adesão à greve. De acordo com o diretor do Sintect-Ura, o aviso aos Correios tem que ser feito com antecedência, por isso é preciso esperar até esta quarta-feira para cumprir a legislação.
Entre 110 mil trabalhadores nos Correios, cerca de 80 mil estão em greve, com 70% de funcionários paralisados. Na região de Uberaba há 1.600 empregados dos Correios e 60% deles devem aderir também à paralisação. Na sexta-feira os grevistas fizeram uma passeata da Candelária até o centro da cidade com queima de fogos e Marcha Fúnebre para simbolizar o luto da administração do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro.
Por conta da greve que ocorre desde a última quarta-feira, 14, 60 mil cartas e encomendas deixaram de ser entregues na semana passada. Este número representa 40% das correspondências. 150 mil correspondências estão com previsão de envio entre esta quarta, 21, e sexta-feira, 23.
Os Correios irão realizar uma força-tarefa nos finais de semana para adiantar as entregas e reduzir o grande número acumulado. “As concessionárias e bancos avisam (a data de vencimento) do lado de fora das cartas e corremos para evitar prejuízo”, informou a assessoria de imprensa dos Correios. Além da força-tarefa, os Correios estão contratando mais recursos, realocando empregados e fazem horas-extras para não prejudicar a sociedade.
A greve serve para reivindicar 7,16% do reajuste salarial, referente à inflação, aumento real de R$ 400 e reajuste de vales refeição e alimentação. O piso salarial dos funcionários é de R$ 807, mas eles querem que seja passado para R$ 1.635. Os Correios tem a proposta de reajuste salarial de 6,87%, relativo à inflação entre julho do ano passado e agosto deste ano. Além disso, oferecem abono salarial de R$ 800, aumento de R$ 50 para todos os funcionários a partir de janeiro e reajuste do vale-alimentação acima da inflação. Porém, a oferta foi retirada com o início da greve.
Informações de portal G1 e Correio do Povo
FOTO: reprodução / Agência Brasil