Meia conquista um dos últimos troféus que faltavam à sua galeria pouco mais de um ano após sair do Flamengo de forma conturbada e com briga na Justiça.
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Pouco menos de 14 meses depois da chegada ao Galo, nesta quarta-feira, dia 24, Ronaldinho se sagrou campeão da Libertadores com o clube mineiro. A conquista acaba coroando a volta por cima do meio-campista, após uma passagem pelo Flamengo que terminou de forma conturbada.
Ronaldinho chegou ao Flamengo no início de 2011. Era a volta ao Brasil após uma trajetória de uma década no futebol europeu que incluiu dois prêmios de melhor do mundo.
No final de maio de 2012, o jogador acionou o clube carioca na Justiça do trabalho demandando o pagamento de cerca de R$ 40 milhões, referentes a salários atrasados e Fundo de Garantia. Ele conseguiu uma liminar que permitiu a rescisão de seu contrato. A diretoria flamenguista tentou cassar essa liminar, mas não teve sucesso.
No Atlético-MG, Ronaldinho encaixou uma sequência de boas atuações e foi o principal nome da equipe na campanha que culminou no vice-campeonato do Brasileirão de 2012.
O título mineiro no primeiro semestre e a conquista da Libertadores nesta quarta fazem vitoriosa a trajetória do atleta em Belo Horizonte e o ajudam a enterrar os dias de Flamengo, de onde saiu considerado um jogador problemático.
“Passa um filme na cabeça, passa muita coisa”, disse Ronaldinho logo após a conquista do título da Libertadores, ainda no gramado do Mineirão. “Voltei para o Brasil para conquistar o que não tinha conquistado. E quando conquista, a sensação é de dever realizado. Falavam que eu estava acabado”, completou o meia.
Em seu primeiro discurso como campeão da América, Ronaldinho ainda fez questão de lembrar de um companheiro que atravessou situação semelhante antes de chegar ao Atlético-MG: o atacante Jô, criticado quando defendeu o Internacional.
“Falaram que era o time renegado. Fala agora! Está aí, Jô voltou para a seleção, foi artilheiro, campeão da Copa das Confederações. Provamos que nem sempre o atleta é que está errado, muita coisa extracampo atrapalha. Não estou dizendo que atleta está sempre certo. Demos a volta por cima, está aí”, afirmou.
Aos 33 anos, Ronaldinho soma um dos últimos troféus que faltavam à sua extensa galeria. Entre as conquistas que já tinha na carreira, destacam-se a Copa do Mundo de 2002, pela seleção brasileira, e a Liga dos Campeões de 2006, pelo Barcelona.
Informações de ultimo segundo / terra
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