Tite indicou que adotará o mesmo sistema de rodízio de capitães que tinha no Corinthians na seleção brasileira. Na entrevista de apresentação nesta segunda-feira, de junho, na sede da CBF, o agora técnico do Brasil elogiou bastante o conceito que o rodízio de faixas implica ao grupo.
Ao assumir uma seleção brasileira que ocupa a sexta posição na tabela das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018 – e, portanto, fora da zona de classificação -, o técnico Tite não fez rodeios e admitiu “risco real” de o Brasil ficar fora do Mundial da Rússia, o que seria algo inédito na história. O treinador, contudo, aposta no crescimento do time e afirma que o trabalho que começa agora dará condições de a seleção ir à Copa.
“O foco é a classificação para o Mundial, e nós não estamos numa posição de classificação. É fato real que pode, sim (ficar fora) e o trabalho todo vai ser desenvolvido nesse sentido. Eu acredito que o trabalho vá dar essa condição. Mas, corre-se o risco, claro. Se você não aceitar as possibilidades reais que estão na nossa frente, você vai estar fugindo da realidade”, afirmou o técnico, durante a sua apresentação.
Tite foi questionado também diretamente sobre a situação de Neymar e o interesse do atleta em representar a seleção. Ele se esquivou na resposta.
“O que eu posso te falar é que todos, inclusive o Neymar, querem o bem da seleção brasileira”, afirmou. “A gente tem uma geração com grandes jogadores, não vou citar nomes aqui, mas vocês sabem”.
O técnico viaja nesta terça-feira para os Estados Unidos para acompanhar a semifinal da Copa América Centenário entre Colômbia e Chile, na quarta-feira. Os colombianos serão os adversários do Brasil em setembro, pela oitava rodada das Eliminatórias, em Manaus. Antes, Tite fará a estreia no comando da seleção diante do Equador, em Quito, no dia 2 de setembro.