No dia 1º de fevereiro, a Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo iniciará a aplicação de sua primeira revisão tarifária desde 2018, há 6 anos. A decisão é da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Agesan-RS), que definiu um reajuste de 25,5%, após audiência pública realizada no final de 2024. Os novos valores impactarão as contas com vencimento a partir de 17 de fevereiro.
O valor do metro cúbico de água da categoria Residencial Social (RA1, RA2 e RA3) passa de R$2,89 para R$3,63. Para esta categoria, o consumo que exceder 15m³ será tarifado como categoria Residencial Básica.
A categoria Residencial Básica (RB) terá o valor do metro cúbico de água alterado de R$7,19 para R$9,02.
Já a Categoria Empresarial Comercial (C1), da qual fazem parte comércios de até 50 metros quadrados, o valor do metro cúbico de água passa de R$7,19 para R$9,02.
A Categoria Empresarial Comercial (COM), a qual compreende grande comercio, economia de ligação temporária e empresas públicas e sociedade de economia mista passa de R$8,14 para R$10,22 o valor do metro cúbico de água e a Categoria Empresarial Industrial (IND), cujo valor do metro cúbico de água era de R$8,14, vai para R$10,22.
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O diretor-geral da Comusa, Paulo Kopschina, afirma que a revisão é importante para manter os trabalhos da autarquia. “O valor dos precatórios tem um impacto de mais de R$ 2 milhões por mês. É um custo alto que impacta diretamente na capacidade de investimentos da Comusa. Infelizmente, a revisão tarifária engloba um período de mais de 26 anos, mas, pelo menos, conseguimos evitar um índice ainda maior previsto pela Agesan, que seria de mais de 32%”, explica.
O ex-diretor-geral da Comusa, Márcio Lüders, criticou o reajuste tarifário. “A decisão do pagamento de precatórios é política e não técnica, cabendo ao governo atual, como já havia alertado em nota no final do ano passado. Não é razoável esse acréscimo na tarifa da comunidade. O critério de reajuste de tarifa tem que ser objetivo, não podendo ser fundado em subjetividades. A análise realizada pela própria AGESAN concluiu que 8,55% é suficiente para abarcar todos os investimentos pelos próximos cinco anos e obrigar a autarquia a aplicar um percentual maior ao meu ver é um desrespeito ao usuário.
A nova tarifa entra em vigor a partir de fevereiro de 2025 e a decisão pela manutenção do índice é da nova gestão. Na minha visão, esse reajuste é excessivo. Em minha última manifestação pública no final de 2024 pedi aos novos gestores da autarquia e ao Prefeito eleito, que não o apliquem entendimento diverso irá sobrecarregar a população e irá aumentar a inadimplência”, finalizou Lüders.
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