Pai de Jacson Nauta de Quadros, o Jundiá, relata que o rapaz mora com a mãe e mais três irmãos e trabalha em um shopping.
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Primeiro, o juiz da Vara da Infância e Juventude de Novo Hamburgo, João Carlos Corrêa Grey, questiona as suspeitas de que Jacson Nauta de Quadros, conhecido como Jundiá, tenha participado do estupro de uma jovem na última sexta-feira, dia 05.
Agora, uma afirmação do pai do rapaz, Carlinhos Quadros: Jacson está em Brasília, com a mãe e mais três irmãos, trabalhando em um shopping. A polícia o considera o foragido número um do Vale do Sinos.
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Jundiá ficou internado no Centro de Atendimento Socioeducativo – Case de Novo Hamburgo por três anos, depois de ter confessado envolvimento em 12 assassinatos. Saiu de lá em março de 2011. Desde então, faz parte do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, do Ministério da Justiça, segundo Grey.
O delegado Bolívar Llantada, um dos responsáveis pela operação, afirma que o jovem fugiu deste sistema de proteção há mais de 45 dias. As suspeitas se baseiam em provas e relatos de testemunhas, afirmou o delegado em entrevista à rádio ABC 900 AM.
Liamar Nauta, tia do rapaz, relata que costuma conversar com Jundiá pelo telefone, uma vez por mês e que o último contato foi há três semanas. O tio do jovem, Nereu Lima da Silva (foto), e um primo, de 18 anos, foram detidos sob justificativa de estarem envolvidos no crime.
“Ele continua sendo o principal suspeito do crime”
O delegado da 1ª DP de São Leopoldo, Marco Antônio Duarte de Souza, afirma que Jundiá ainda é considerado principal suspeito do crime. “Há indícios fortes de autoria, enquanto não tivermos indícios fortes que se contraponham, ele se mantém como suspeito”, diz.
Sobre os questionamentos de Grey, Souza considera que não há problema em admitir que não é Jundiá o autor do crime, pois isso seria normal durante uma investigação. “Até o momento, não temos prova formal que nos diga que não é ele.”
Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública – SSP, mesmo em viagem ao Rio de Janeiro, o titular da pasta, Airton Michels, teria repassado à Chefia de Polícia a missão de averiguar com mais exatidão a situação de Jundiá, que teve prisão preventiva decretada pela Justiça no sábado, 06.
“Durante o dia, essa informação [de que Jundiá estaria sob proteção e fora do Estado no dia do crime] foi ventilada, mas não recebi nenhum pedido, oficial ou não, para apurar essa hipótese. Familiares dele já haviam trazido, no final de semana, essa possibilidade, de ele estar sob proteção, mas nada foi confirmado até agora. Ele continua sendo o principal suspeito do crime”, disse o chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior.
IDENTIFICAÇÃO – De acordo com o responsável pelo caso, delegado Ayrton Figueiredo Martins Junior, a vítima prestou dois depoimentos e apontou Jundiá, sem sombra de dúvidas, com um dos homens que a atacou.
“Eles se conhecem há muitos anos. Estudaram na mesma escola. Além disso, uma familiar de Jundiá, em conversa com policiais, disse que ele estava em Novo Hamburgo na semana passada, e foi corrido de casa por causa de um desentendimento com um primo”, afirmou o delegado.
Com informações de ZeroHora.com
FOTO: reprodução / Miro de Souza-RBS