O serviço oferece acompanhamento médico na casa de pacientes que estiveram internados no Hospital Municipal, conseguindo que voltem mais cedo para casa, mas sigam o tratamento.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Implantado em abril de 2009, o serviço de assistência domiciliar SUS em Casa já atendeu mais de 160 pacientes de Novo Hamburgo.
O objetivo é permitir que pacientes com longo tempo de internação possam retornar às suas casas, onde seguem recebendo periodicamente acompanhamento de uma equipe médica. O benefício é concedido a pessoas internadas no Hospital Municipal de Novo Hamburgo, desde que tenham condições de receberem os cuidados em casa e tenham um cuidador responsável.
A secretária de Saúde, Clarita de Souza, desta a importância do programa. “O atendimento domiciliar qualifica as ações de saúde, firmando o acompanhamento familiar como item fundamental na cura das doenças”, salienta. De acordo com ela, o tratamento domiciliar promove qualidade de vida ao paciente, e ainda diminui os riscos de complicações comuns em um ambiente hospitalar.
Evitar a permanência desnecessária de internados no hospital é um dos objetivos do programa, como explica a coordenadora do SUS em Casa no Município, Ana Paula Nascimento. “Por exemplo, uma pessoa que quebrou uma perna não precisa ocupar um leito do hospital caso ela tenha condições de ser atendida na sua própria casa com orientação qualificada”, garante.
Equipe atua em dois grupos
Os profissionais do programa se dividem em dois grupos. O primeiro, que trabalha em todos os casos, é formado por um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um médico. O segundo é de apoio específico para cada caso, possui um nutricionista, um farmacêutico, um assistente social e um psicólogo.
Atendimento em casa auxilia na melhora
Conforme a médica Nádia Krüger, que integra a equipe do SUS em Casa, o tratamento domiciliar é um aditivo para a melhora dos pacientes. “Eles se sentem melhor psicologicamente e melhoram gradativamente”, explica a médica.
O caso de Alvina Pedrosa Dornelles, 69, que mora no bairro Vila Nova, serve de exemplo. Ela ficou 60 dias internada no hospital, teve uma das pernas amputada em função da diabetes. Quando ganhou alta, passou a ser atendida pelo programa e não precisou mais ser hospitalizada. “Me recuperei melhor em casa e até engordei um pouquinho. Enquanto estive no hospital fiquei muito preocupada e sentia falta do meu lar. Aqui em casa meus filhos sempre estão em roda”, comentou.
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Conheça o caso de outros atendidos pelo programa
A recuperação em um ambiente propício é um dos cuidados do programa. No caso de Jocelei Tasso Silva, de 51 anos, de Canudos, que é diabético, esteve internado por problemas cardíacos e recebeu alta um dia após sua internação para fazer o tratamento domiciliar. “No hospital fui super bem tratado, mas em casa é bem melhor porque tenho mais conforto e mais espaço para caminhar. Os meus familiares não têm transtorno de deslocamento como antes e eles me acompanham diariamente de perto”, disse.
A moradora do Loteamento Kephas, Mabile de Oliveira, 73 anos, também está satisfeita com o programa. “Eu sou atendida sempre pela mesma equipe e isso me deixa mais a vontade. Os profissionais são muito competentes e atenciosos”, falou Mabile. A usuária também disse que se sente bem melhor sendo tratada em casa. “Aqui sempre tem gente, ao contrário do hospital onde meus amigos e familiares só me viam no horário de visita”, argumenta.
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Informações PMNH
Fotos: divulgação / Diego Land e Andrei de Oliveira