Nações Unidas afirmaram que o tufão pode ter provocado 10 mil mortes apenas na cidade de Tacloban, capital da província de Leyte, uma das mais devastadas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Milhares de pessoas tentavam desesperadamente nesta quarta-feira, dia 13, obter uma vaga em um dos raros aviões que decolam das áreas mais afetadas pelo tufão Haiyan nas Filipinas, enquanto os sobreviventes, privados de tudo, expressavam a revolta com a lentidão da ajuda.
As autoridades filipinas anunciaram a morte de oito pessoas no desabamento de parte de um depósito de arroz que era saqueado por uma multidão em Alangalang, na ilha de Leyte, a 17 quilômetros de Tacloban, uma das localidades mais afetadas pela catástrofe.
Policiais e soldados protegiam o local, que pertence a uma agência do governo, mas não conseguiram impedir a invasão da multidão desesperada. Mais de 100 mil sacas de arroz foram roubadas, cada uma com 50 quilos.
Dez mil mortos
As Nações Unidas afirmaram que o tufão pode ter provocado 10 mil mortes apenas na cidade de Tacloban, capital da província de Leyte, uma das mais devastadas. Mais de 10 milhões de pessoas, 10% da população do país, foram afetadas pelo tufão e pelo menos 660 mil filipinos perderam as casas.
As autoridades não conseguem enfrentar a magnitude do trabalho para dar abrigo e fornecer água, comida e medicamentos aos sobreviventes. Muitos tentam fugir da região. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO também fez um apelo para arrecadar 24 milhões de dólares para ajudar em caráter de emergência a agricultura e a pesca, dois setores devastados pelo tufão.
Em um comunicado divulgado em Roma, sede da entidade, a FAO anunciou que “fará o possível para apoiar o governo das Filipinas no processo de reconstrução e para gerar resiliência”. A nota é assinada pelo diretor da organização, o brasileiro José Graziano da Silva.
Informações de agência brasil / CP
FOTO: reprodução / Noel Celis / AFP