Segundo o presidente da Sky, os clientes nunca reclamaram sobre a falta de conteúdo brasileiro no horário nobre da programação.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A presidente Dilma Rousseff lançou novas leis para a televisão por assinatura na última segunda-feira, 12 de setembro. As produtoras brasileiras comemoraram, pois irá produzir conteúdos para o horário nobre da TV paga, mas a Sky não está pensando da mesma forma e vai entrar na justiça.
Luiz Eduardo Baptista, o presidente da Sky, afirmou que a Sky vai entrar na justiça contra as cotas de programação nacional nesta semana. A legislação obriga os canais a terem até 3h30min de programação nacional e regional por semana e em horário nobre. Essa programação deve vir de produtores independentes e foi definida pela Agência Nacional de Cinema – Ancine. “Vamos esgotar todos os meios possíveis. O próximo passo é a justiça”, garantiu Luiz Eduardo.
Um terço dos canais do pacote de programação terá de ser brasileiro. E os canais brasileiros devem ter um terço de produção independente, além de dois canais terem 12h diários de programas brasileiros e independentes na programação. As novas regras também acabam com a restrição à participação do capital estrangeiro na TV por assinatura e mais empresas devem entrar com ações contra a nova lei.
A Associação Brasileira de Programadores de Televisão por Assinatura – ABPTA, que reúne os canais internacionais da TV por assinatura, foi contra as cotas brasileiras na programação na época em que o Projeto de Lei 116 estava em votação. A associação ainda está analisando o texto sancionado.
A Rede Bandeirantes também se opôs ao Projeto de Lei 116 e não comentou nada quando a lei foi aprovada. Mas na última segunda-feira, 12, o vice-presidente Frederico Nogueira anunciou que o deve entrar na Justiça contra a lei. A Band não se opôs às cotas brasileiras e sim, à lei que proíbe quem produz conteúdo de distribuí-lo. Ou seja, a Bandeira que é dona da empresa de cabo TV Cidade, teria que vender o controle da operação para se adequar à lei.
A empresa Sky ainda afirma que seus consumidores não são a favor da lei e que nunca reclamaram da programação dos canais. “Quando a conta dessas cotas for apresentada para os assinantes, vamos lembrar a eles, a cada momento, quem foi que apoiou esse projeto”, concluiu o presidente da Sky.
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