Segundo enviado da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, a crise logo vai ficar “fora de controle” se a pressão internacional não produzir resultados rapidamente.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse nesta quinta-feira, dia 07, que existe um crescente risco de uma guerra civil em grande escala na Síria, após mais de um ano de violência na revolta contra o governo do presidente Bashar al Assad.
Não há sinal de trégua entre as forças oficiais e os rebeldes, disse Ban Ki-Moon, após reunião com o Conselho de Segurança da ONU para tratar da crise. “O povo sírio está sangrando”, disse a jornalistas. “Eles estão furiosos. Eles querem paz e dignidada. Acima de tudo, eles querem ação.
” Na mesma reunião, o enviado da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, disse que a crise síria logo vai ficar “fora de controle” se a pressão internacional não produzir resultados rapidamente. Ele pediu que as potências mundiais advirtam o presidente Assad das graves conseqüências se ele não cumprir o estipulado no plano de paz da ONU.
Kofi Annan confirmou que realiza negociações sobre a possibilidade de estabelecer um grupo de contato internacional para tentar solucionar a crise. Além disso, disse esperar que o Irã “seja parte da solução”. A participação do Irã, outro aliado de Damasco, é a mais controversa, dadas suas tensas relações com o Ocidente. Washington, Londres e Paris já manifestaram sua oposição à inclusão de Teerã no grupo.
A oposição síria e as nações do Ocidente e do Golfo veem o plano de paz para o país cada vez mais ameaçado . O Conselho de Segurança se reuniu um dia após um novo massacre de civis atribuído ao regime do presidente sírio Bashar al Assad, com pelo menos 78 mortos em Al-Koubeir, na província de Hama. O órgão já havia aprovado duas resoluções habilitando uma missão de observação da ONU na Síria e condenando a violência, mas está dividido sobre como aumentar a pressão sobre o regime de Assad.
Nesta quinta, 07, os observadores da ONU que estão na Síria supervisionando a trégua foram impedidos, principalmente por barreiras do Exército, de chegar a Al-Koubeir, anunciou o chefe da missão, general Robert Mood. A França anunciou que uma nova reunião do grupo diplomático de “Amigos da Síria”, mas sem a presença do Irã, a quem o governo francês acusou de apoiar incondicionalmente o governo Assad. O regime de Assad enfrenta, desde março do ano passado, uma onda de protestos que evoluiu para uma revolta armada generalizada pelo país. As forças de segurança do regime reprimem os rebeldes anti-Assad violentamente, com o argumento de que são terroristas tentando desestabilizar o país.
Informações de G1
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