Paulo Paim e João Capiberibe lamentaram caso envolvendo turista australiana e manicure. Parlamentares lembraram caso envolvendo jogador Tinga.
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O caso de racismo envolvendo a australiana Louise Stefany Garcia, 30 anos, incomodou os senadores Paulo Paim (PT-RS) e João Capiberibe (PSB-AP). Em pronunciamento feito nesta segunda-feira, dia 17, eles afirmaram que a punição para casos como estes devem ser mais graves.
“Deve haver um endurecimento no Código Penal para não permitir o relaxamento de prisão preventiva em caso de flagrante em delitos raciais”, disse Capiberibe, ressaltando que só uma mobilização social e política pode impedir que se repitam situações como essa.
Stefany Garcia foi presa em Brasília, na última sexta-feira, dia 14, depois de insultar e se recusar a fazer as unhas com uma manicure negra.
Paim ainda lembrou do caso envolvendo o jogador Tinga, do Cruzeiro, que foi alvo de ataques racistas da torcida do time peruano Real Garcilaso, durante partida da Copa Libertadores. As situações de preconceito foram lembradas na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado para discutir a proposta de reserva de 20% das vagas em concursos públicos federais para negros.
A proposta (PL 6.738/13) tramita em regime de urgência constitucional, foi aprovada por três comissões na Câmara dos Deputados, mas ainda não foi totalmente analisada nos 45 dias exigidos nesses casos. Ela entrou na lista matérias urgentes com pendência de apreciação no plenário na Casa. Todos os textos serão votados, por ordem de chegada, a pauta no plenário da Câmara fica trancada.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa/ UOL