Experiências apresentadas serão estudadas pela administração municipal hamburguense. Objetivo é tratar 80% do esgoto da cidade em investimento de R$ 150 milhões.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O último dia do seminário Sistemas de Tratamento de Esgoto Sanitário e Destinação de Resíduos Sólidos – Alternativas Tecnológicas, nesta terça-feira, dia 19, foi marcado pelo debate sobre ações que são utilizadas em cidades brasileiras.
O evento foi promovido pela Comusa – Serviços de Água e Esgoto e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Semam, buscando encaminhar novas iniciativas no município e na região do Vale do Sinos para a área de saneamento e meio ambiente.
O evento reuniu cerca de 200 pessoas no auditório do prédio Azul do Campus II da Universidade Feevale na terça-feira. Para o prefeito Tarcísio Zimmermann (PT), o seminário alcançou seu objetivo, com a apresentação de uma série de experiências e que serão estudadas pela administração.
“Agora, poderemos definir novos rumos dentro do panorama que estamos colocando para a cidade, objetivando tratar mais de 80% do esgoto no município, um investimento de R$ 150 milhões, além de aprimorar projetos ligados aos resíduos sólidos”, enfatizou.
O diretor-presidente da Comusa, Mozar Dietrich, declarou que a partir das experiências coletadas durante o seminário, Novo Hamburgo passou a ter condições de tomar decisões sobre qual sistema será implantado na cidade. “O Rio Grande do Sul é um dos poucos estados que precisa ter o tratamento de esgoto terciário. Isso deixa o sistema muito mais caro, pois o efluente precisa passar por um processo muito maior. Por isso precisamos de novas alternativas”, frisou.
A administração municipal vai produzir uma carta que será enviada aos governos estadual e federal solicitando auxílio na implantação de novos sistemas.
Cidades apresentam experiências
Entre os debates da manhã do dia 19, o gerente de Operação de Esgoto da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – Sanasa de Campinas/SP, Renato Rosseto, apresentou a nova tecnologia que é implantada na cidade paulista no tratamento dos efluentes. O método utilizado usa membranas (como se fossem fios) feitas de fibra oca com bilhões de poros microscópicos.
Outra experiência trazida para discussão foi a da cidade de Uberaba/MG. O presidente do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento – Codau do município mineiro, José Luiz Alves, apresentou as ações como um projeto técnico de despoluição das bacias hidrográficas com a Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Rio Uberaba, em que foram adotados reatores anaeróbios.
Outros exemplos ainda foram apresentados. Representantes da Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar apresentaram um modelo de tratamento de esgoto com um sistema que produz menos lodo e mais biogás. Durante a tarde, foi a vez de Porto Alegre dividir as suas experiências com o tratamento de esgoto, feito através de nove estações.
Para finalizar os painéis, o chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA do Ministério das Cidades, Cássio Felipe Bueno, e o coordenador de financiamento à infraestrutura da Caixa Econômica Federal, Marcos Alexandre Almeida, falaram sobre as possibilidades dos gestores municipais conseguirem recursos para financiamento de obras.
Informações de Imprensa da PMNH
FOTO: divulgação / Renata Arteiro