Jose Clovis de Azevedo promete punir quem faltar ao serviço e Cpers pretende esclarecer comunidade sobre a greve. Presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, questiona o posicionamento do governo.
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A Secretaria Estadual de Educação – SEC e o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul – Cpers-Sindicato começam nesta segunda-feira a medir forças pelo alcance da greve da categoria.
O secretário da Educação, Jose Clovis de Azevedo, afirma que o ponto dos professores que não trabalharem será cortado, e aconselha os pais a pressionarem pela continuidade das aulas. Já os sindicalistas deverão comparecer às escolas estaduais para esclarecer a comunidade sobre a greve.
A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, questiona o posicionamento do governo. Para ela, é contraditório dizer que está aberto ao diálogo e, ao mesmo tempo, realizar uma “política de repressão”.
“Isso mostra à sociedade a política de faz de conta do governo. Um governo que se diz aberto à negociação sabe que os dias parados fazem parte do processo de negociação,” criticou.
Rejane afirmou que o governo do Estado não tem argumentos para explicar à sociedade e convencer a categoria sobre o porquê de não cumprir a lei do piso nacional dos professores. A dirigente reiterou que aguarda uma proposta concreta do governo às reivindicações, comunicadas há 50 dias.
O secretário disse que na semana passada foi proposta uma rodada de negociação com a participação de todos os órgãos estaduais envolvidos na pauta de reivindicações do Cpers. No entanto, a greve foi decidida antes do encontro, salientou Jose Clovis. Para ele, a paralisação não tem chance de mudar o quadro do piso nacional no Estado.
Escolas vão analisar a adesão durante o dia
Algumas das maiores escolas estaduais de Porto Alegre realizarão reuniões durante a segunda-feira para analisar a situação. No Colégio Julio de Castilhos, que tem 2,4 mil alunos no Ensino Médio e 170 professores, haverá uma reunião à tarde para identificar a adesão à paralisação, com a presença de representantes dos grevistas, segundo o diretor, Antônio Esperança.
Reivindicações
– Implementação do piso nacional como básico e repercussão na carreira
– Criação de piso para funcionários da escola, tendo como parâmetro o piso nacional do magistério
– Atualização das promoções para professores e funcionários e garantia do pagamento rotativo
– Correção dos valores do vale-refeição, fim do estorno e extensão a aposentados e em licença-saúde
– Inclusão de todos os funcionários no plano de carreira
– Revisão do vale-transporte
Informações de ZH
FOTO: reprodução / fatonovo