Dra. Ana Escobar alega que boca a boca pode piorar o quadro de engasgamento. Pediatra destaca duas regras do que não se deve fazer quando um bebê engasga.
Da Redação ([email protected]) (Siga no Twitter)
De acordo com Dra. Ana Escobar, pediatra e professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP, a respiração boca a boca não é recomendada para socorrer bebês asfixiados. Tanto os que engasgaram como os que têm problemas respiratórios.
Ela diz que a técnica pode piorar o quadro de engasgamento. “Nem pensar com criança engasgada o boca a boca, porque você sopra e pode estar soprando (o objeto) para uma parte mais funda do pulmão e mais difícil de sair”, afirma. “A respiração boca a boca tem caído por terra”, ressaltou. Já crianças com parada respiratória, ela diz que o mais recomendável é fazer uma massagem cardíaca.
A pediatra explica que a causa de asfixia em bebês recém nascidos geralmente é engasgue com leite quando o bebê regurgita ou até quando é amamentado, porém no caso de bebes mais velhos, ou seja, de seis meses a um ano, o risco maior é de sufocamento por ingerir pequenos materiais. A doutora ainda salienta que existem duas regras para o que não se deve fazer ao ajudar a criança sufocada. Em primeiro lugar não se deve colocar o dedo na boca dela, e em segundo não se deve levantar a criança para o alto, a chacoalhar, nem soprar seu rosto.
O cabo Geferson Correa, socorrista do Corpo de Bombeiros do Paraná, destaca quais são os cuidados e o que os pais devem fazer. Se o bebê se engasgou com comida ou algum objeto pequeno, a pessoa que o socorrer deve sentar em uma cadeira e apoiar o bebê de bruços em seu braço, que por sua vez deve estar apoiado em suas pernas. Caso o bebê tenha engasgado com leite, o procedimento deve ser o mesmo, mas sem a parte dos socos, e se não êxito, ele recomenda que se parta para a massagem cardíaca.
Informações de G1
Foto: Reprodução / Al Diaz / AP