Diretor James Cameron confirma conversão de Titanic ao novo formato e agita Hollywood. O Portal novohamburgo.org foi conferir o que estão achando os amantes da tecnologia. –
*Mônica Neis Fetzner [email protected] (Siga no Twitter)
Começou com boatos nos bastidores de Hollywood. Agora é oficial: James Cameron está convertendo Titanic ao formato 3D. A informação é do jornal norte-americano Los Angeles Times.
O diretor responsável pelo sucesso estrondoso de Avatar, maior bilheteria da história do cinema – mais de US$ 2 bilhões -, aposta na nova tecnologia para conquistar o público que se anima com a possibilidade da ilusão de uma terceira dimensão na telona.
E as nove indicações do filme ao Oscar 2010 provam que Cameron está no caminho certo. O diretor, aliás, já é acostumado com a premiação. Esse ano levou três estatuetas. A versão original de Titanic, em 1998, recebeu impressionantes 14 indicações e venceu em 11 categorias.
MODA – Recentemente, as partes 1 e 2 de Toy Story também foram relançadas em 3D, seguidas pela estréia do número 3 da trilogia. O personagem Woody e seus amigos ficaram mais perto do público através da terceira dimensão. Embora a opção seja criticada por alguns diretores, como Michael Bay, de Transformers, a moda parece estar pegando em Hollywood.
O navio mais famoso do cinema emerge mais uma vez do fundo do mar para as salas de cinema em abril de 2012, no aniversário de 100 anos do naufrágio. Fez sucesso pela primeira vez nas salas de todo o mundo no dia 19 de dezembro de 1997 e arrecadou mais de US$ 1,8 bilhão, retratando a trágica história de Jack e Rose a bordo do RMS Titanic.
3D além da telona
Os amantes da tecnologia podem ser altamente rentáveis, tanto para os criadores de jogos, quanto para o cinema, ou ainda para empresas de televisão que dispõem de aparelhos capazes de reproduzir a ilusão da terceira dimensão. Pelo menos é o que revela a opinião de especialista ouvido pelo Portal novohamburgo.org.
Marsal Branco é professor do curso de Jogos Digitais da Universidade Feevale e garante a popularização do 3D é uma questão de tempo. “Tecnologia barateando e formação de aficionados já está ocorrendo”, avalia. Ele acredita, no entanto, que os brasileiros terão que esperar um pouco. “A implementação de novas bases tecnológicas aqui é historicamente lenta e a renda per capita da população é baixa.”
Ingresso mais caro vale a pena
Os cinemas do Vale do Sinos e Região Metropolitana de Porto Alegre se apressaram. Os projetores especiais nas salas de exibição já estão instalados há bastante tempo e tem preços mais altos do que as tradicionais. Mas e o público? O que acha?
Nicole Bator (foto), de 17 anos, estudante da Feevale, não tem dúvidas: 3D tem mais emoção. “O ingresso mais caro vale a pena pela boa qualidade”, admite. Em viagem à Disney, nos Estados Unidos, até filmes em quarta dimensão ela já assistiu.
O uso de óculos especiais é indispensável. Para que a ilusão de terceira dimensão seja convincente, as cenas são gravadas com duas lentes. A função do acessório é fundir as imagens. A tendência, ainda que demore a se consolidar no Brasil, é de que a tecnologia fique cada vez mais ao alcance do público, mudando a relação entre espectador e imagem.
* Colaborou Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
FOTO: Mônica Fetzner / novohamburgo.org