Sim, chegou a hora de escolhermos prefeitos/as e vereadores/as das nossas cidade, em nosso querido Brasil, no momento maior de nossa democracia. Já esgotamos todos os debates, todas as propagandas, restando ainda as trocas de ideias, os bate papos, as definições de última hora. Estar indeciso não é nenhuma vergonha, ter seus candidatos escolhidos também não, desde que seja a sua vontade, a sua convicção. O importante é votar. Temos esse direito, temos esse dever.
Sim, esse é um dos debates que sempre emos a cada eleição: votar é um direito ou um dever ? No Brasil, ao contrário de muitos países no mundo, o voto é obrigatório. Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, México, Uruguai, Panamá são alguns países onde o voto é facultativo, ou seja, não é um dever. Como em tudo na vida, será que a obrigatoriedade é salutar ? Será que se o eleitor, obrigado a ir, não se envolve menos com o processo e acaba votando “em qualquer um” apenas para cumprir sua obrigação ? Será que a obrigação naõ torna o eleitor menos seletivo na escolha ?
Dúvidas que podemos debater, mas não às vésperas de um dia de eleição. No domingo, temos a obrigação de votar, escolhendo entre os nomes apresentados, além de anular ou votar em branco. E aí chegamos em outra polêmica: não podemos votar em branco ou nulo, temos que escolher alguém, afirmam muitos. Pois então, se fosse assim, porque haveria a previsão de votar nos candidatos ou anular o voto ? Porque existe a opção de votar em branco ? Podemos discordar quem opta por um voto assim, mas não condenar: é mais uma escolha no processo democrático que vivemos.
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Fico a pensar, não escondo, o que aconteceria se um dia, todos votassem em branco? Sim, alguém com um voto seria eleito, é o que diz a regra, mas e a mensagem desse protesto ? Que impacto teria ? Reflita, antes de defender ou não tal atitude, pois, com apenas um voto válido, não faltariam aqueles que diriam que ninguém quer a democracia e sim uma ditadura, pois não querem votar, logo, não precisamos de eleição. Por tanto, muita calma ao defender teorias, pois cada ação, gera uma reação.
Bom, já falamos sobre o voto facultativo, o voto em branco ou nulo e agora, falemos sobre o que a maioria opta por fazer: votar e escolher um ou uma, entre os milhares dos candidatos de todo o Brasil. Ainda discorro sobre os candidatos: julgo que deveria existir algum critério para definir nomes aptos a concorrer, afinal, decidirão nosso futuro. Não abordarei quais critérios, quanto mais antes de uma eleição, pois poderia estar influenciando alguém a não votar no candidato excluído de meu raciocínio de exigência mínima, mas que deveria haver parâmetros, não tenho dúvidas.
Enfim, hora de votar: pense, reflita, pesquise. O número que você escolher vai definir seu futuro em vários aspectos, desde o Iptu, até nomes de ruas, passando pelos canos de nossas cidades até as construções de prédios residenciais ou indústrias. O mandatário da cidade tomará as decisões, nas mais diversas ocorrências que ocorrerem, valendo os mesmo para quem compuser a Câmara de Vereadores.
Antigamente, existia o Voto Vinculado, ou seja, de uma ponta a outra da cédula, na época de papel, você somente poderia escolher candidatos do mesmo partido político. Hoje, podes escolher quantos partidos quiser e isso pode ser ruim ou bom. Não esqueça, que sua escolha pode fazer o/a seu/sua prefeito/a ter uma oposição mais forte entre os/as vereadores/as e com isso complicar a vida do mesmo, no fluxo dos projetos. Por outro lado, você pode querer que seu voto de vereador leva a maior fiscalização do prefeito eleito. Dois caminhos, a escolha é sua.
E isso é essencial que seja repetido, até a exaustão: a escolha é sua, exclusivamente sua. Não importa o que seu chefe diz, o que sua esposa recomenda, o que seu pai pede, o que sua filha sugere. Nada disso: o voto é seu, valendo a sua leitura dos fatos, a sua pesquisa, o seu sentimento. Nada de voto de cabresto, nada de voto por amor.
Você e suas escolhas. E depois, lembre-se de cobrar, pois o processo não chega ao fim em 6 de outubro deste ano. Nesse dia, ele apenas começa, durando os próximos quatro anos.
Bom voto !
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