Após reunião representantes lamentam a falta da garantia de Ban Ki-moon para as decisões acordadas na conferência das Nações Unidas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A sensação era de frustração entre os integrantes de movimentos sociais na saída do encontro, com acesso restrito à imprensa, que reuniu representantes da Cúpula dos Povos e o secretário-geral das Nações Unidas – ONU, Ban Ki-moon (foto), no Riocentro, zona oeste da capital fluminense.
Os cerca de 20 ativistas entregaram a Ban Ki-moon um documento preliminar com demandas das organizações da sociedade civil no evento paralelo à Conferência das Nações Unidas, Rio+20. Para o Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional, o representante da ONU não deu nenhuma garantia de que os governos vão realmente programar as decisões acordadas na conferência.
A ativista Cindy Wiesner, do movimento da Aliança Grassroots Global Justice, criticou a falta de posicionamento do secretário-geral da ONU em várias questões levantadas pelo grupo. “Quando perguntamos sobre a posição dele a respeito dos direitos reprodutivos das mulheres, ele desconversou e falou da igualdade de gênero por meio do voto. Não respondeu”, lamentou a ativista norte-americana.
Segundo os ativistas, Ban Ki-moon disse que essa foi uma das reuniões mais importantes do evento e reconheceu a importância do papel exercido pela Cúpula dos Povos. Nem todos os representantes da sociedade civil acharam que o encontro foi em vão. De acordo com Graziela Rodrigues, da Articulação de Mulheres Brasileiras do Comitê Organizador da Cúpula dos Povos, a reunião representou um avanço em termos de diálogo com as Nações Unidas.
Na opinião do representante da organização Religiões por Direitos e da Rede Internacional Act Aliança, Rafael Soares de Oliveira, as demandas das organizações sociais não têm nada de utópicas e são todas possíveis de serem alcançadas se houver vontade política. “Os governos veem essas ideias como utópicas, mas são na verdade muito concretas e já estamos levando-as adiante, de proteção e manutenção da natureza e precisamos ser escutados”
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / colunistas