Decisão do Semae foi tomada um dia depois de Novo Hamburgo suspender cortes em funcional do aumento do nível da água. .
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Os moradores de São Leopoldo ficarão sem água durante menos tempo a partir desta quarta-feira, dia 04.
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Rio dos Sinos sobe mais de um metro
O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) decidiu na terça, 03, reduzir o horário de aplicação do plano de racionamento, em vigor desde 7 de dezembro. Agora, os cortes no abastecimento ocorrem das 9 às 14 horas. Até segunda-feira a suspensão era ente 7 e 15 horas. Segundo o diretor do órgão, Luiz Antonio Castro, a redução deve-se à melhora do nível do Rio dos Sinos com a chuva do fim de semana e a consequente elevação dos reservatórios do município.
Castro alerta, por outro lado, para a necessidade de economia. Em menos de 48 horas, de domingo até a manhã de terça, o manancial baixou 60 centímetros na base de captação, de 2,40 metros para 1,8 m. “Vamos continuar com os mesmos procedimentos de fiscalização, distribuição de material educativo sobre o uso racional da água e o sistema de manutenção preventiva”, explica o diretor do Semae.
Decreto assinado pelo prefeito Ary Vanazzi no mês passado estabelece multa de R$ 114,43 a R$ 572,15 para quem for flagrado lavando o carro, a calçada, irrigando jardins ou reabastecendo piscinas com água potável. O sistema de abastecimento leopoldense foi dividido em cinco zonas e cada uma fica sem água um dia, conforme rodízio.
Em Novo Hamburgo, o racionamento está suspenso desde segunda-feira. De acordo com a Comusa – Serviços de Água e Esgoto, em razão da capacidade máxima dos reservatórios ter sido atingida. A medição ontem, na base de captação, apontou 1,52 metros acima do crivo da bomba.
ARROZEIROS – Com as medidas atuais, produtores de arroz da região estão autorizados a captar água normalmente para a irrigação de suas lavouras, conforme acordado no Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos). Para o diretor-executivo do Consórcio Público de Saneamento Básico Pró-Sinos, Julio Dorneles, no entanto, a explicação para a queda vertiginosa no nível do rio é justamente a ação dos arrozeiros, o que pode tornar a situação crítica novamente em poucos dias.
FOTO: Felipe de Oliveira / novohamburgo.org