O Rio dos Sinos atingiu na manhã deste domingo, 18, o seu maior nível dos últimos oito anos, chegando a 7,37 metros, apenas 22 centímetros da marca de 2015, quando atingiu a 7,59 metros. A alta do rio durante a madrugada foi mais acentuada e a tendência é permanecer subindo ao longo das próximas horas em razão da quantidade de chuva do ciclone extratropical que atingiu as cabeceiras do rio, na altura da cidade de Caraá.
A Defesa Civil, com apoio de secretarias municipais e também dos bombeiros, segue em trabalho de campo, com barcos para resgatar moradores, máquinas pesadas e caminhões. Além da Vila Palmeira e arredores no bairro Santo Afonso, onde as águas estão baixando em razão do trabalho da Casa de Bombas, a alta do nível do Sinos começa a atingir fortemente a Vila Marrocos, na Santo Afonso; Vilas Getúlio Vargas e Kipling, em Canudos; e Integração e Porto das Tranqueiras, em Lomba Grande.
Segundo novo levantamento da manhã deste domingo, há 221 pessoas abrigadas no bairro Santo Afonso, sendo 141 na Base de Ações Comunitárias Integradas (BACI) e 80 na Escola Municipal Arnaldo Grin. Em Canudos, há uma família abrigada na Escola Municipal Martha Wartenberg, que é a referência local para alojamento.
SÃO LEOPOLDO
Na manhã do domingo, 18 de junho, a Defesa Civil de São Leopoldo verificou que o nível do Rio dos Sinos, na régua do Serviço Geológico do Brasil (ANA/CPRM), localizada na rua da Praia chegou na marca de 5,16m. A elevação é lenta, de aproximadamente 2cm/h. Com isso foi ativado o protocolo de alarme, conforme disposto no Plano de Contingencia, e iniciado o processo de remoção de famílias de locais onde a água pode atingir as casas.
As áreas que ficam na macha de inundação estão localizadas nas ruas da Praia (Rio dos Sinos); das Camélias (Pinheiro); Alberto Ramos (Feitoria); Frederico Meyer (Feitoria); Carlos Bier (Feitoria); Pottenstein (Feitoria); Otto Daudt (Feitoria), e Eugênio Emílio Dias (Feitoria).
NOVO HAMBURGO
O trabalho em Novo Hamburgo conta com dezenas de voluntários e está sendo realizado em várias frentes. “Estamos todos mobilizados em Novo Hamburgo. Não deixaremos ninguém desassistido”, enfatiza a prefeita Fátima Daudt, que está diretamente envolvida nas atividades, coordenando os trabalhos.
Nos locais dos abrigos, após a triagem realizada por assistentes sociais e psicólogos, as pessoas passam por avaliação médica com profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, que separa aquelas com sintomas gripais e resgata o histórico médico para retomar eventuais tratamentos interrompidos em decorrência da perda de remédios nos alagamentos. Nestes locais, também recebem alimentação, roupas e colchões.
Na Fenac, voluntários recebem donativos entregues pela comunidade de Novo Hamburgo para ajudar as pessoas atingidas. Colchões, cobertores, alimentos, material de limpeza e de higiene pessoal, além de sacolas de roupas estão sendo entregues desde a tarde desta sexta-feira. O atendimento na Fenac ocorre diariamente, das 9 às 18 horas, inclusive neste domingo.
Famílias que não deixaram suas casas, mas precisam de ajuda, também estão sendo atendidas. Nestes casos, os locais são os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS). Na Santo Afonso, fica na Avenida Montevidéu, 605; em Canudos, na Rua Ícaro, 933; e no Kephas, na Rua Tamoio, 52, bairro Diehl.
NÚMEROS DA DEFESA CIVIL
A Defesa Civil atende pelos seguintes telefones: 99707-9954 / 99920-8131 / 99467-6568 / 98058-9979 / 98013-9178
Emergências:
(Desabamento, soterramento ou qualquer risco eminente à vida)
Ligue 193 (Corpo de Bombeiros)