Segundo o comando da polícia francesa, objetivo “é entregar o quanto antes e o mais rápido possível os corpos às famílias”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Os restos mortais de 104 das 228 vítimas do acidente com o vôo 447 da Air France, ocorrido há dois anos, chegaram nesta sexta-feira, dia 17, à capital francesa, onde acontecerá um longo processo de identificação.
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Os três primeiros caminhões funerários chegaram por volta das 09 horas locais (04 horas de Brasília) ao Instituto Médico Legal – IML de Paris, onde estavam alguns familiares das vítimas.
Os contêineres com os corpos foram transportados por estrada durante a noite a partir de Bayonne, sudoeste da França, onde chegaram na quinta-feira, 16, a bordo do navio “Ile-de-Sein”, que também transportou destroços do avião.
O IML será responsável pelos exames técnicos e das arcadas dentárias, assim como pela extração de mostras de DNA, que possibilitarão a identificação das vítimas. As operações mobilizarão três médicos legistas, dois radiologistas e dois ortodontistas.
Cinqüenta corpos haviam sido encontrados após o acidente, que aconteceu em junho de 2009. Assim, mais de 70 permanecem no fundo do oceano. “A comissão de identificação validará (…) este trabalho de identificação para permitir que as famílias recebam e enterrem seus mortos”, disse uma fonte policial.
“Será preciso estabelecer pelo menos uma semana, ou até duas, antes de apresentar elementos”, segundo o comando da polícia, para quem “o objetivo é entregar o quanto antes e o mais rápido possível os corpos às famílias”.
Processo divide famílias
O chefe do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar Nacional, François Daoust, havia estimado no dia 13 de junho que o trabalho de identificação levaria “semanas, e até meses”.
O processo de identificação divide as famílias. Já indignadas no final de maio com o “desenrolar caótico da investigação técnica”, elas têm opiniões divergentes sobre a decisão da justiça de resgatar seus entes para identificação.
“A operação suscitou polêmica, já que alguns queriam e outros não. Tínhamos pedido à juíza que indicasse em quais condições de dignidade o resgate dos corpos seria organizado”, explicou o vice-presidente da Associação Ajuda Mútua e Solidariedade AF447, Robert Soulas.
DADOS – Quase dois anos após a queda do avião que fazia o vôo 447, o BEA divulgou no último dia 27 de abril os primeiros dados registrados nas caixas-pretas. O relatório aponta que o avião caiu por 3 minutos e 22 segundos antes de tocar a superfície do oceano a uma velocidade de cerca de 200 km/h.
Informações de Folha.com
FOTO: reprodução / France Presse